Atualizado em 19/12/05 às 18h21
Foi enterrado nesta segunda-feira o corpo de Lúcio Gabriel Miranda Silva, morto no domingo em Curitiba. Silva, que era decorador, foi assassinado com um tiro no peito após pedir ao motorista, que havia atropelado sua filha, de quatro anos, que prestasse socorro à menina.
A Delegacia de Homicídios iniciou as investigações e já identificou a proprietária do carro em que o autor do disparo estava. Ainda não se sabe quem e porque o motorista atirou em Silva, mas a polícia aguarda a apresentação espontânea da dona do veículo.
"Nós identificamos quem é a dona do carro, por meio do número da placa (MCD-3930) que nos foi passada pela mãe da vítima. Vamos aguardar que ela se apresente por conta própria e, caso isso não ocorra, vamos pedir a prisão preventiva dela", afirmou o delegado Luiz Alberto Cartaxo, da delegacia de homicídios de Curitiba. Até as 18 horas ela não havia se apresentado à polícia.
Como as investigações ainda estão no início, o caso deve se desenrolar nos próximos dias. Segundo a polícia, a proprietária teria adquirido o carro há apenas uma semana e já teria passagens pela polícia por ameaça e porte ilegal de arma, aumentando ainda mais as dúvidas dos policiais. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Curitiba.
O crime
No domingo pela manhã, Lúcio Gabriel Silva voltava para casa após comemorar com amigos o título do time do São Paulo no Mundial de Clubes. Assim que desceu do carro, a filha dele, Mariana Krzyzanowski, foi atropelada por um automóvel Gol.
Buscando socorro para sua filha, Silva correu atrás do carro que partiu em marcha ré para longe do acidente. Batendo com as mãos no vidro e gritando por socorro, segundo as testemunhas, Silva recebeu um tiro no peito vindo de um dos integrantes do automóvel e morreu no local.
A menina foi encaminhada ao Hospital Evangélico e recebeu alta em seguida, com pequenas escoriações.
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