O corpo do jornalista Ruy Mesquita, que comandou o "Jornal da Tarde" e "O Estado de S. Paulo", foi enterrado às 15h25 de hoje (22) no cemitério da Consolação, na região central da cidade.

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Ruy Mesquita morreu ontem em São Paulo, aos 88 anos. Ele foi internado no último dia 25 de abril no Hospital Sírio-Libanês. Tinha um câncer na base da língua.O velório ocorreu na casa da família, no Pacaembu, zona oeste da cidade. Autoridades e políticos presentes lamentaram a morte do jornalista.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que conhecia o jornalista há 60 anos e que ele "vai deixar um vazio enorme". "Ele tinha uma capacidade que hoje é muito importante: ele dizia o que pensava e o que acreditava."

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou que Mesquita era um homem compromissado com o bem comum e que esse é o legado que ficará aos jornalistas e brasileiros. "Dr. Ruy vai fazer muita falta. Ele dedicou sua vida para um país livre e democrático", disse.

Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, também lamentou. "É uma perda inestimável. Era um trabalhador da notícia sempre aberto a ouvir."

Para Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores do governo FHC, o jornalista era um homem de muita coragem, que defendia a liberdade. "Ele fez da opinião uma pedagogia da ideia e isso marcou o 'Jornal da Tarde' e o 'Estadão'".