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Soterramento em obra no Museu Oscar Niemeyer deixou um operário morto | Vitor Geron / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Soterramento em obra no Museu Oscar Niemeyer deixou um operário morto| Foto: Vitor Geron / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Dois trabalhadores estavam trabalhando no local no momento do desabamento

O corpo do homem que morreu soterrado na tarde de quarta-feira (24) em uma obra realizada no gramado do Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, vai ser enterrado na tarde desta quinta-feira (25), no Cemitério Municipal de Rio Branco do Sul, na região metropolitana. Roberto Carlos Novinski, de 28 anos, trabalhava na manutenção das galerias pluviais, que ficam no gramado do museu, quando ocorreu o acidente. Outro homem que estava no mesmo local onde ocorreu o deslizamento conseguiu se salvar.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 15h55 da quarta-feira (24), mas a retirada do corpo demorou cerca de cinco horas. A ocorrência foi finalizada às 21h15. O gramado do museu, popularmente conhecido como parcão, passa por obras para a manutenção e reparo da rede de água pluvial, que exigiram a abertura de valas, com paredões de cerca de seis metros. Parte de um desses paredões desmoronou e causou o soterramento.

Segurança

De acordo com a prefeitura de Curitiba, que contratou a empresa Urbanística Ambiência Ltda para a execução do serviço, a empresa continuará responsável pela obra. Está sendo estudada a possibilidade de aumentar o tamanho da gaiola, um dispositivo de segurança que funciona como um tipo de casa para que o operário possa se proteger. O dispositivo salvou a vida de Daniel Prado. Ele estava no local do acidente no momento do soterramento e conseguiu se salvar porque entrou na gaiola.

Para o tenente Murilo Nascimento, do Corpo de Bombeiros, o soterramento deve ter sido causado por alguma inconsistência no solo. Como o trabalho envolvia a retirada de grandes quantidades de terra, com a formação de um paredão, a base do solo não teve capacidade para suportar toda a movimentação. Para o tenente, apesar de haver uma gaiola para segurança dos funcionários, uma escora com a função de arrimo, o paredão demoraria mais para desabar, o que aumentaria o nível de segurança da obra.

Obras

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Cultura lamentou o acidente, que considerou uma fatalidade, e diz que recebeu a notícia com profundo pesar. Segundo a secretaria, as obras, que envolviam a manutenção das galerias pluviais, estavam sendo executadas pela prefeitura de Curitiba.

A prefeitura de Curitiba contava com o serviço de uma empresa terceirizada na execução dessa obra, a Urbanística Ambiência Ltda. Segundo a assessoria do órgão, o departamento jurídico da secretaria de obras está acompanhando o caso e já entrou em contato com a empresa para garantir que ela vá prestar todo apoio necessário para a família da vítima.

A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com a Urbanística Ambiência, mas não obteve sucesso.

Outro caso

Outro acidente de trabalho deixou uma pessoa morta em Curitiba nesta quarta-feira (24). Odair da Silva Fortes, de 29 anos, morreu eletrocutado enquanto trabalhava na Rua José luiz Guerra Rego, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o homem morreu no local.

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