Bibliografia
Confira lista com os livros publicados de Wilson Bueno
Boleros Bar (Curitiba: Criar Edições, 1986)
Manual de zoofilia (Florianópolis: Noa Noa, 1991)
Ojos de água (Argentina: El Territorio 1992)
Mar paraguayo (São Paulo: Iluminuras, 1992)
Cristal (São Paulo: Siciliano, 1995)
Pequeno tratado de brinquedos (São Paulo: Iluminuras, 1996)
Medusario mostra de poesia latinoamericana (México: Fondo de Cultura Econômica, 1996)
Jardim zoológico (1999)
Meu Tio Roseno, a cavalo (São Paulo: Editora 34, 2000)
Once poetas brasileños, de 2004
Amar-te a ti nem sei se com carícias (São Paulo: Editora Planeta, 2004)
Cachorros do céu (São Paulo: Editora Planeta, 2005)
Diário vagau (Curitiba: Travessa dos Editores (2007)
Pincel de Kyoto (2007)
Canoa Canoa(2007)
A copista de Kafka (São Paulo: Editora Planeta, 2007)
Foi enterrado no final da tarde desta terça-feira (1º) o corpo do escritor Wilson Buenoencontrado morto no início da noite de segunda-feira (31) dentro da residência dele, no bairro Tingui, em Curitiba. O enterro foi realizado no Cemitério Municipal do Santa Cândida e durou cerca de 20 minutos. Durante a cerimônia, alguns amigos e familiares citaram trechos da Bíblia e, para se despedir, cantaram a música "Amigo" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Ao longo do dia, o corpo de Bueno foi velado na Capela da Luz, no Cemitério Municipal. A cerimônia começou às 8h e durou até por volta das 16h30. Durante a tarde, uma oração em homenagem ao escritor foi realizada.
Quem passou pelo local, fez questão de destacar a importância do trabalho de Bueno. "Mais do que contar uma história, o Wilson se preocupava com o trabalho do texto, da linguagem e de sua visão de mundo", disse o escritor e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paulo Venturelli. "Os livros dele são contundentes e respondem a sua originalidade e inquietação", completa Venturelli.
"Ele era criativo e muito alegre. Com duas letras fazia um conto de fadas. A literatura paranaense ficou conhecida mundialmente por causa dele", afirmou João Santana, irmão de criação da vítima, em entrevista ao Paraná TV 1ª. edição. .
Bueno foi autor de 13 livros e também foi o criador do jornal cultural Nicolau. Ele havia entregado o 14º livro para a editora. O livro "Mano, a noite está velha", é uma homenagem a um irmão que já morreu.
Morte
O corpo do escritor foi encontrado, em casa, por volta das 19h30. Bueno estava morto há mais de 12 horas e foi assassinado com um golpe de arma branca no pescoço, segundo o perito do Instituto de Criminalística do Paraná Edmar Cunico.
Ele teria tentado reagir depois de ser ferido. Não havia sinais de arrombamento na casa, mas o portão e porta não estavam trancados, como ocorria normalmente. O escritório de Bueno estava revirado e os peritos encontraram sacos plásticos vazios espalhados pelo chão, o que indica que o assassino pretendia roubar algo.
A diarista Jacinta Breck, que trabalhava havia sete anos na casa do escritor, chegou ao sobrado onde Bueno morava, no Tingui, por volta das 9h30. Ela notou que o portão estava sem o cadeado e que a porta estava aberta. Segundo Jacinta, um computador que sempre ficava no escritório, no segundo andar, estava na sala.
Por recomendação de Bueno, Jacinta só teria acesso ao segundo piso da casa depois que ele acordasse e lhe desse bom dia. Por conta dessa exigência, a diarista trabalhou normalmente no primeiro piso da casa. O escritor costumava levantar entre 15 e 16 horas, porque gostava de trabalhar de madrugada. Por volta das 17 horas, a diarista estranhou a ausência do patrão e decidiu ligar para um amigo dele, que foi até a casa e encontrou o corpo de Bueno no escritório.
De acordo com o primo do escritor Emídio Bueno Marques, Wilson Bueno estava caído na escrivaninha do escritório e havia muito sangue no local. Marques afirma que o local estava bastante bagunçado e que a primeira impressão foi de uma tentativa de roubo. "A paixão da vida dele era escrever, ser jornalista e ser escritor. Ele era um ícone da literatura do Paraná", diz. Segundo o primo, Bueno estava editando seu 13º livro.
Abigail Schambeck, vizinha de Bueno, o conhecia há pelo menos 30 anos. Ele era morador do bairro e estava naquele sobrado havia dez anos. A vizinha afirma que não percebeu nenhuma movimentação estranha na casa do escritor durante o fim de semana. Ela conta que Bueno tinha muitos conhecidos e recebia muitas pessoas em casa.
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