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O Instituto Médico-Legal (IML) terá que recorrer ao exame papiloscópico (de confronto de digitais) para identificar o corpo encontrado dentro de uma sacola, abandonada em um matagal na zona rural de Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, na segunda-feira (23). O cadáver é de uma mulher que trajava uma camiseta marrom e que estava nua da cintura para baixo. Segundo o Instituto de Criminalística (IC), ela foi morta por asfixia mecânica por estrangulamento e apresentava sinais de agressões no pescoço e na região da cabeça. O corpo não chegou a ser esquartejado, diferentemente do que a polícia havia divulgado anteriormente.

O cadáver foi removido do local onde foi encontrado – um matagal de difícil acesso, em uma fazenda, na Estrada do Jacaré – na manhã desta terça-feira (24). Segundo o perito do IC, Ciro Pimenta, a mulher estava em estado de decomposição, o que impossibilitou a identificação visual. Entretanto, pessoas que acompanharam o resgate apontaram que o corpo pode ser de Lucineia Luiza de Almeida, de 27 anos, que está desaparecida desde a quinta-feira (19).

"Algumas pessoas disseram que [o corpo] tinha as mesmas características físicas dela [Lucineia]. E a camiseta que usava também foi reconhecida. Mas, oficialmente, não foi possível fazer a identificação", disse Pimenta.

No fim da tarde desta terça-feira, o setor de Necropapiloscopia do Instituto de Identificação havia coletado as digitais do cadáver, mas não pôde fazer o confronto direto porque Lucineia não está cadastrada no estado do Paraná. O instituto aguarda que algum parente da suposta vítima compareça e entregue um documento pessoal da mulher, para que o exame seja realizado de forma mais rápida.

"Sem o documento, teremos que comparar as digitais com todas as que constam no sistema", explicou o papiloscopista Afonso Cruz. Até as 18 horas, ninguém havia se apresentado no IML para identificar o cadáver.

Criança permanece desaparecida

Na ocasião em que Lucineia sumiu, também desapareceu a enteada dela, Karine Kolimo, de 10 anos de idade. A menina ainda não foi encontrada e descobrir o paradeiro dela é a prioridade para a polícia. "Estamos com equipe nas ruas e nosso objetivo principal é encontrá-la viva ou morta", disse o delegado Homero Vieira Neto.

A polícia mantém equipes em buscas constantes, mas até o início da noite desta terça-feira, a menina não havia sido encontrada. De acordo com o delegado, o principal suspeito do desaparecimento da mulher e da menina é um homem que havia sido contratado pelo marido de Lucineia para fazer a roçada da fazenda. Vieira Neto disse que o suspeito já foi identificado, é fugitivo do sistema prisional e está foragido. "Não conseguimos ter acesso à íntegra da ficha criminal do suspeito, mas ele foi condenado por crime grave. A pena é de 12 anos de prisão", afirmou o delegado.

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