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Foram enterrados, entre a noite de quarta-feira e a manhã desta quinta-feira os corpos dos cinco universitários mortos na BR-101 no trajeto entre São Mateus (ES), onde estudavam, e Prado (BA), onde participariam da festa de aniversário da mãe de uma das vítimas. O acidente ocorreu na noite de sexta-feira (20), mas os corpos só foram localizados na noite de terça-feira.

O corpo da filha da aniversariante, Izadora Ribeiro de Oliveira, foi enterrado na manhã desta quinta-feira, em Jaíba, no norte de Minas Gerais. Também foram sepultados os corpos de Amanda de Paula Oliveira, em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, e de André Malva Galão, proprietário e condutor do carro acidentado, em João Neiva (ES).

Na noite de quarta, os corpos de Marllonn Vieira Amaral e Rosaflor Oliveira Chacon Pinto foram enterrados, nas cidades nas quais moravam as famílias - respectivamente, Nova Venécia e Mucurici, no Espírito Santo. O sepultamento de Rosaflor foi realizado logo após a chegada do pai da estudante, que mora no Pará, ao local do enterro, por volta das 22 horas.

Familiares, amigos e colegas de faculdade das vítimas compareceram aos sepultamentos, realizados com os caixões fechados por causa do estado de decomposição dos corpos.

A direção do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) no qual estudavam os jovens, decretou luto na unidade, que deixou de funcionar na tarde de quarta-feira e só retoma as atividades sexta-feira.

O carro em que estavam as vítimas saiu da pista em uma curva acentuada, em declive, nas proximidades da ponte sobre do Rio Mucuri, a cerca de 10 quilômetros da divisa entra a Bahia e o Espírito Santo, desceu um barranco, capotou e parou parcialmente submerso em uma margem do rio, com as rodas para cima.

As primeiras análises do Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas (BA), que investiga as circunstâncias do acidente, apontam que quatro das vítimas podem ter morrido por afogamento. Acredita-se que essas vítimas estavam vivas, mas possivelmente desacordadas, quando o carro parou. Elas foram encontradas dentro do veículo, presas pelos cintos de segurança.

Apenas o corpo de Marllonn foi localizado fora do carro. Apesar de também usar o cinto, no banco do passageiro na parte da frente da cabine, ele teria sido projetado para fora durante o acidente - o equipamento de segurança teria se rompido. Apesar de ainda não ter sido descartada a possibilidade de tentativa de assalto, os investigadores acreditam que o acidente tenha sido causado por excesso de velocidade. A carroceria e as peças que se desprenderam do carro estão sendo analisadas para determinar se houve falha mecânica no veículo. Os resultados da perícia devem ser conhecidos em 30 dias.

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