Os corpos de pelo menos 12 dos 18 mortos na chacina ocorrida na noite de quinta-feira (13) nas cidades de Osasco e Barueri, a oeste da Grande São Paulo, foram sepultados na manhã deste sábado (15). No cemitério Jardim Santo Antônio, em Osasco, desde às 8h, foram enterrados Presley Santos Gonçalves, Deivison Lopes Ferreira, Igor Silva Oliveira, Jonas dos Santos Soares, Eduardo Bernardino Cesar e Rodrigo Lima da Silva. As demais vítimas foram sepultadas em outros cemitérios tanto de Osasco quanto de Barueri.
Os ataques em série também deixaram seis pessoas feridas. Osasco foi o município com maior número de mortes, 15. Outras três pessoas morreram em Barueri. Outro homicídio foi registrado em Itapevi, mas, de acordo com os investigadores, não tem relação com a chacina. Os assassinatos foram registrados em um raio de sete quilômetros e num período de cerca de duas horas.
Investigação
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, a Polícia Civil trabalha com pelo menos três hipóteses principais para os ataques: vingança pelo latrocínio de um policial militar em Osasco, retaliação pela morte de um Guarda Civil Metropolitano em Barueri ou uma ação ligada ao tráfico de drogas.
A polícia já sabe que em Osasco, nos oito locais onde aconteceram os crimes, o grupo de executores usou uma moto preta, com duas pessoas, e um Peugeot prata, com quatro ocupantes. Já em Barueri, os assassinos estavam em um Sandero prata.
Moraes afirmou que as vítimas não possuem uma identidade comum, que permita elucidar o crime a partir de seu perfil. Entre as vítimas, seis têm passagem pela polícia, pelos mais diversos motivos, como Lei Maria da Penha e receptação.
A polícia pretende agora fazer exames de balística em cápsulas e projéteis - foram recolhidos nos locais dos crimes munições de revólveres calibres 38 e 380 e de pistola 9mm, a última de uso restrito das Forças Armadas - que podem ajudar a elucidar a autoria, além de analisar imagens de celulares e câmeras e ouvir testemunhas do caso.
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