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Caso do Bairro Alto

Corregedor da PM admite abuso, mas policiais ainda não foram afastados

Policiais e moradores em frente a residência abordada no último fim de semana | Reprodução
Policiais e moradores em frente a residência abordada no último fim de semana (Foto: Reprodução)
Confusão reuniu grande efetivo da PM |

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Confusão reuniu grande efetivo da PM

O corregedor-geral da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), coronel César Vinícius Kogut, admitiu, na manhã desta quarta-feira (28), que houve abuso por parte dos policiais no caso do Bairro Alto, em Curitiba, ocorrido no último fim de semana, após ter visto parte das imagens denunciadas.

Segundo o corregedor, nenhum policial foi afastado ainda. O coronel também acredita que houve abuso por parte da população, mas ressaltou que a ação da PM será apurada "do início ao fim" para punir quem cometeu abuso com rigor.

Kogut concedeu entrevista coletiva nesta manhã no Quartel do Comando Geral da PM, em Curitiba, para explicar quais procedimentos serão tomados pela corporação. Ele ainda explicou que o comandante do 20º Batalhão, major Vanderley Rothenburg, está analisando quais policiais serão afastados. De acordo com o oficial, 15 policiais participaram da ação desastrosa no Bairro Alto.

"Eu vi algumas imagens. Temos abusos por parte de todos os envolvidos. Nós temos, em tese, ações da comunidade, dos policiais. A PM vai apurar qual foi o abuso dos policiais. Algumas imagens são claras em mostrar que houve alguns abusos por parte dos policiais", afirmou o corregedor.

Uma perseguição a um motociclista que andava sem capacete acabou gerando tumulto e houve truculência dos policiais. Moradores relataram que os policiais invadiram uma casa sem mandado de busca ou de prisão e agrediram várias pessoas, entre eles uma idosa e uma portadora de deficiência.

Na sequência, quatro pessoas foram detidas. Elas denunciam que foram torturadas. Uma advogada foi presa por desacato e afirma ter sido vítima de racismo. Identidade do motociclista

Segundo o corregedor, não houve fuga do motociclista. "A notícia que temos é que o motoqueiro entrou no local e lá permaneceu. Em tese, a fuga não houve. Tudo isso vai ser apurado", explicou Kogut. A PM ainda não informou quem era o motociclista, mas o coronel afirmou que a moto foi apreendida.

Gaeco

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, vai acompanhar a apuração dos fatos paralelamente à PM. Na tarde desta quarta-feira, representantes da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas devem ir até a sede do Gaeco para levar os registros dos abusos. Denúncias

A Corregedoria da PM tem um número de telefone para receber denúncias de abusos e desvios dos policiais militares. "A comunidade pode nos procurar a qualquer momento. Queremos que a comunidade nos fiscalize e que ela produza prova que vai gerar uma apuração mais transparente por parte da PM e do Judiciário", comenta o corregedo. Serviço: o telefone da corregedoria da PM é 0800 643 7090.

Vídeos

VIDA E CIDADANIA | 2:15

Segundo denúncias feitas por moradores do Bairro Alto, policiais militares teriam agido de forma truculenta durante uma abordagem. Os moradores acusam os PMs de agressão e racismo. Denúncia será investigada, segundo a corporação

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