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O acompanhamento da investigação que apura as circunstâncias da morte do carregador Felipe Osvaldo da Guarda dos Santos, 19 anos, baleado por policiais militares na madrugada do dia 24 de fevereiro, será feito pela Secretaria Especial de Corregedoria e Ouvidoria-Geral do governo, comandada por Luiz Carlos Delazari, pai do secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Ontem, Luiz Carlos Delazari designou o assessor especial José Francisco de Castilho Neto para acompanhar o caso. Apesar da ligação familiar entre os dois secretários, a Corregedoria informou, por meio de sua assessoria, que "a decisão foi tomada para garantir a transparência na investigação".

A suspeita de execução foi reforçada na última sexta-feira, quando o deputado federal Dr. Rosinha (PT) denunciou que Felipe dos Santos foi vítima de tortura no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no dia 23 de novembro do ano passado. Ele e outros três detentos foram agredidos e humilhados após uma tentativa frustrada de fuga. Santos estava detido por assalto.

O comando da PM determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso e afastou os quatro policiais envolvidos, que pertecem à Rotam (Rotas Ostensivas Tático Móveis), do trabalho de rua.

Outra morte que levantou suspeitas de execução foi a do pedreiro Édson Elias dos Santos, 28 anos, baleado com oito tiros no dia 17 de fevereiro, no Largo da Ordem, Centro de Curitiba. Segundo os policiais envolvidos, Édson tentava furtar um carro no momento da abordagem e atirou contra uma viatura da PM. Outras duas pessoas que estariam com ele foram encaminhadas ao Centro de Atendimento Integrado ao Cidadão (Ciac), no bairro Portão, e liberadas em seguida.

A Polícia Civil não solicitou nenhum exame para comprovar a presença de pólvora nas mãos de Santos. Os seis policiais envolvidos também foram afastados do trabalho de rua, segundo o comando da Polícia Militar.

Na última quarta-feira, a Promotoria de Investigação Criminal (PIC), do Ministério Público do Paraná, anunciou que vai acompanhar as investigações relativas aos dois casos. A PIC não descarta a hipótese de terem se tratado de crimes comuns, que deveriam ser julgados pelo Tribunal do Júri – e não via IPM.

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