Cortadores de cana da usina de álcool e açúcar de Bandeirantes, no Norte do estado, realizaram um protesto, na tarde de quarta-feira (27), contra as más condições de trabalho e os baixos salários pagos pela usina. Os cortadores bloquearam o portão de entrada da usina e impediram que os caminhões carregados com cana descarregassem.
Segundo reportagem do telejornal Bom Dia Paraná, os cortadores, que foram contratados em Minas Gerais, vieram para o estado pela promessa de ganhar salários em média de R$ 1.200. Quando chegaram, porém, viram que o pagamento por mês não passa de R$ 600 ou R$ 700.
"Não dá para trabalhar com esse salário que estão pagando, não dá nem para mandar dinheiro para nossas esposas", afirmou Paulo Sérgio dos Santos, um dos cortadores de cana que participou da manifestação. Os trabalhadores também afirmam que a usina não deu equipamentos de segurança necessários para a realização do trabalho.
De acordo com o telejornal, a direção da usina informou que os trabalhadores não foram enganados, pois o salário pago no Paraná é menor do que em outros estados. A empresa admitiu que faltou equipamento de segurança.
No início da noite de quarta-feira a usina foi liberada e os cortadores aceitaram um acordo com a empresa. Cada trabalhador vai receber cerca de mil reais pela rescisão de contrato.