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O corte de araucárias em um terreno onde está sendo construída a nova sede do Colégio da Polícia Militar tem causado polêmica entre os vizinhos da área, na região dos bairros Portão e Vila Izabel, em Curitiba. Moradores das proximidades reclamam que o meio ambiente não estaria sendo respeitado. No entanto, a derrubada de quatro araucárias – espécie protegida por lei – e de outras 30 árvores foi aprovada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, órgão responsável por emitir esse tipo de licença na cidade.

Alguns vizinhos do terreno ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, ainda reclamam do tratamento diferenciado que seria dado ao poder público e ao cidadão quando o assunto é o corte de árvores. No caso do Estado, a derrubada seria aprovada. Em contrapartida, moradores que já solicitaram cortes (inclusive de araucárias em suas residências) contam que os pedidos foram negados.

O chefe da divisão de licenciamento ambiental da prefeitura, Carlos Eduardo Beltrão, explica que o órgão faz uma avaliação caso a caso para autorizar o corte de árvores na cidade. Os critérios analisados, de acordo com ele, são o estado da árvore, o risco que ela venha a apresentar, o dano que eventualmente a árvore esteja causando e a possibilidade de no local haver uma obra.

Segundo Beltrão, as quatro araucárias do terreno do colégio, por exemplo, estavam em "declínio vegetativo" – termo técnico para a árvore que está morrendo. Além disso, afirma Beltrão, a prefeitura exigiu, antes da autorização, que houvesse uma readequação do projeto original do colégio, o que evitou o corte de outras árvores do terreno (segundo ele, no total, sobraram cerca de 20 araucárias). Outra justificativa para a autorização do corte é a relevância social do empreendimento. A prefeitura também exigiu, com base na Lei Municipal 9.806/ 2000, que, por araucária cortada, o colégio faça o plantio de outras duas.

O diretor do Colégio da PM, major Nilson Carlos Rosa, disse que preferencialmente essas mudas serão plantadas na própria área da nova sede. Segundo ele, a idéia da PM é poder usar o bosque que vai ficar em pé para a educação ambiental dos alunos.

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