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NOVIDADE | Mauro Campos
NOVIDADE| Foto: Mauro Campos

Brasília – Levantamentos do Instituto Homem e Meio Ambiente na Amazônia (Imazon) indicam que, entre maio e julho deste ano, o desmatamento no Mato Grosso aumentou 200% em relação ao mesmo período de 2006.

Segundo o pesquisador sênior do Imazon, Adalberto Veríssimo, o crescimento da devastação coincide com a elevação dos preços das principais commodities do estado e com as perspectivas de expansão dos biocombustíveis. "Nesses três meses, houve uma subida dos preços da soja e da carne bovina. Isso mostra que os incentivos econômicos para o desmatamento voltaram. Nos últimos dois anos, esses preços estiveram em baixa e foi quando tivemos uma redução no desmatamento da região", pontuou ele.

Tendência

Para Veríssimo, o resultado do estudo pode representar a retomada do desmatamento no Mato Grosso. "Estamos monitorando o desmatamento no Mato Grosso, mês a mês, desde o ano passado. De maio a julho deste ano houve um aumento. Essa tendência vamos confirmar agora em outubro, com o fechamento de novo estudo. Esperamos que isso não se concretize, mas houve esse repique e estamos em alerta", acrescentou.

O Imazon é uma instituição de pesquisa sem fins lucrativos, fundada em 1990 e com sede em Belém (PA). Seu objetivo é promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional.

Confirmação

Análise de imagens de satélite feita pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o Ministério do Meio Ambiente também apontou aumento do índice de desmatamento no Mato Grosso. De junho a agosto foram atingidos 1.014 quilômetros quadrados de floresta, 40% mais que em 2006.

Há cerca de um mês, o governo federal anunciou que a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25,3% no período de agosto de 2005 a julho de 2006, totalizando mais de 14 mil quilômetros quadrados. O dado foi anunciado por um grupo interministerial.

A área representa cerca de metade do estado de Alagoas. No ano anterior, o desmatamento havia sido de 18.790 quilômetros quadrados.

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