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Crise

CPI adia de novo leitura de relatório

Brasília – A cúpula da CPI dos Correios decidiu adiar pela segunda vez a divulgação do relatório final da comissão. A sessão para a leitura do documento, que já tem mais de 3.500 páginas, estava marcada para ontem, mas os técnicos da comissão foram avisados na noite de segunda-feira de que teriam um dia a mais de prazo para concluir o texto. A leitura do relatório final deve ser feita hoje, ao meio-dia.

Às vésperas da apresentação do relatório, governo e oposição continuam travando uma disputa política na CPI dos Correios. Para rebater o relatório final do relator, Osmar Serraglio (PMDB- PR), o PT tem praticamente pronto um relatório alternativo, que estaria sendo elaborado por técnicos do partido sob o comando do deputado Maurício Rands (PT-PE).

Os líderes governistas temem que Serraglio não ceda às pressões para fazer um relatório final brando e insista em pedir o indiciamento de estrelas do PT, como os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken.

Para fugir das pressões, Osmar Serraglio sumiu durante toda a segunda-feira. Mandou recados para a oposição garantindo que se mantinha firme na decisão de pedir o indiciamento de cerca de 130 pessoas, incluindo ex-dirigentes petistas. "O relator Osmar Serraglio não vai sucumbir às pressões", afirmou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sub-relator de fundos de pensão, que pediu o indiciamento de 49 pessoas, entre donos de corretoras e ex-dirigentes de entidades de previdência privada de estatais.

Ao mesmo tempo, o relator sinalizou ao governo que poderá salvar do pedido de indiciamento os ex-ministros Dirceu e Gushiken, além do ex-presidente do PT José Genoíno e do ex-secretário geral do PT Sílvio Pereira. A proposta, a princípio encampada por Serraglio, prevê a criação de uma categoria intermediária, em que o nome do envolvido com o suposto mensalão será encaminhado ao Ministério Público para eventual indiciamento por conduta delituosa.

Nessa categoria estão incluídos o ex-ministro Dirceu, Sílvio Pereira e os 18 deputados apontados por envolvimento com o suposto mensalão.

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