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Jaguariaíva

CPI apura compra de ônibus escolares por prefeitura

O processo de compra de cinco ônibus para o transporte escolar pode resultar na cassação do mandato do prefeito de Jaguariaíva – no Norte Pioneiro –, Paulo Homero Nanni (PSDB). A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal está finalizando os trabalhos de investigação e nesta segunda-feira à noite à noite ouviu o último depoimento.

O diretor financeiro da prefeitura, Adolfo Sobrinho, tentou explicar a aquisição de cada ônibus por R$ 93 mil, quando os vereadores da comissão alegam que os veículos do mesmo modelo e ano e nas mesmas condições podem ser comprados por R$ 48 mil.

O relatório da CPI será votado no dia 31. Se for aprovado, deve resultar na abertura de uma comissão processante, quando os vereadores vão decidir se é o caso de tirar o mandato do prefeito. Quatro membros da CPI foram para São Paulo pesquisar o valor de veículos semelhantes e foram orçados preços em dez empresas. "Em nenhum lugar nós encontramos ônibus com o valor pago pela prefeitura", contou o relator da CPI, Braulino Ribas (PPS).

Os vereadores foram inclusive na empresa que vendeu os ônibus para a prefeitura. Um veículo idêntico ao vendido para Jaguariaíva estava estacionado no pátio e preço solicitados por ele foi R$ 48 mil. A empresa paulista teria comprado dez carros iguais, repassado cinco para a prefeitura paranaense, quatro para outra cidade e aquele havia sobrado. A revenda teria gasto R$ 480 mil para comprar todos os veículos e só com a negociação com Jaguariaíva teria arrecadado R$ 465 mil. A prefeitura vizinha de Wenceslau Braz comprou veículos melhores e três anos mais novos e pagou R$ 77 mil cada um.

O prefeito informou que os ônibus foram comprados por tomada de preço e que isso isenta responsabilidades da prefeitura. Além disso, algumas alterações no veículo foram necessárias. Tinha que tirar a porta traseira e a catraca, colocar mais bancos e fazer a pintura. "E tem ainda o fato que foi parcelado em oito vezes e dá diferença para o valor à vista", disse. Nanni acredita que é vítima de perseguição política.

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