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atualizada em 28/11/2006, às 20h21

Finalmente instalada na Assembléia Legislativa do Paraná, a chamada CPI do Grampo fez sua primeira reunião de trabalho no final da tarde desta terça (28), após encerramento da sessão no plenário.

Ficou definida a próxima reunião de trabalho da comissão. Será na próxima segunda-feira (4), às 18h. De acordo com o presidente da comissão, deputado Antônio Anibelli (PMDB), serão convocados dois integrantes da Promotoria de Investigação Criminal do Ministério Público para depor.

A Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar as denúncias de escutas ilegais realizadas em telefones de políticos e empresários.

Épocas diferentes

Um dos promotores que vai ser chamado para depor é da atual gestão, e o outro, da época do governo Lerner, informou Anibelli. Isso porque a CPI quer investigar não apenas o atual caso de escutas telefônicas ilegais, cujo principal acusado é o policial civil preso Délcio Rasera, como também casos anteriores de denúncias de grampos envolvendo políticos.

Os presentes

De acordo com o presidente da comissão, quatro deputados compareceram à reunião desta terça (28) - que de acordo com ele, foi bastante rápida. Além de Anibelli, participaram Jocelito Canto (PTB), que é o relator, e os deputados Natálio Stica (PT) e Duilio Genari (PP).

Anibelli disse que vai pedir ao presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), que notifique os integrantes da CPI que faltaram à reunião, para comparecerem à próxima, ou serem substituídos.

São eles Plauto Miró Guimarães (PFL), Luiz Carlos Martins (PDT) e Miltinho Puppio (PSDB).

Pedido

O pedido para instalação da CPI havia sido feito em setembro pela bancada de oposição da Assembléia, logo depois que o policial civil Délcio Rasera, acusado de comandar o esquema de grampos, foi preso junto com mais seis pessoas.

Mas a CPI nasceu nesta segunda-feira (27) enfraquecida: deputados de oposição pediram para se retirar, em protesto pelo fato de ela não estar acontecendo da forma prevista, e pelo pouco tempo que resta para as investigações, já que a Assembléia entra em receso em 15 de dezembro.

A oposição boicotou a CPI também com o argumento de que a investigação deveria ficar restrita à prisão do policial civil Délcio Rasera, e não ser ampliada, conforme quis a bancada aliada ao governo.

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