Brasília – Na tentativa de encontrar mecanismos para evitar fraudes na liberação de emendas do Orçamento, a CPI dos Sanguessugas vai convidar os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União), além de Guilherme Palmeira (presidente do Tribunal de Contas da União) a prestarem depoimento.

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O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), quer sugestões sobre mudanças no Orçamento que possam ajudar no controle e eficiência dos recursos públicos da União. "É uma proposta do relator para o controle eficaz do Orçamento, com o objetivo de evitar que episódios como esses (da máfia dos sanguessugas) se repitam ciclicamente", disse o presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). A CPI pretende marcar a audiência com os ministros e o presidente do TCU para o último dia de trabalhos da comissão, em dezembro – já que serão expostas sugestões que devem ser incluídas no relatório de Amir Lando.

Como os ministros e Palmeira serão convidados a comparecer à comissão, eles podem negociar a data do depoimento ou mesmo negar o convite.

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Biscaia manteve a previsão de que os trabalhos da CPI serão encerrados dia 15 de dezembro. O vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (MD-PE), espera o resultado de uma consulta feita à Mesa Diretora do Congresso sobre a prorrogação dos trabalhos da comissão no recesso parlamentar. Jungmann e outros membros da CPI querem prorrogar os trabalhos até o início de 2007.

A comissão remarcou para a próxima terça-feira o depoimento de Gedimar Passos, preso com R$ 1,7 milhão que seria usado na compra do dossiê, e Hamílton Lacerda, ex-coordenador da campanha do senador Aloízio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. Gedimar foi convocado para comparecer à CPI na última terça-feira, mas alegou problemas de saúde para a ausência. Já Lacerda seria ouvido ontem, depois do empresário Abel Pereira, mas também pediu a transferência do depoimento por problemas de saúde.

Lacerda é acusado de ter levado ao hotel onde Gedimar e Valdebran Padilha foram presos com o dinheiro do dossiegate a mala com os recursos que seriam entregues ao empresário Luiz Antônio Vedoin para a compra do material contra tucanos.