O EIA-Rima da Usina de Mauá também vem sendo criticado por ser falho no levantamento dos impactos da hidrelétrica para os moradores da região. O secretário-executivo da Comissão Pastoral da Terra do Paraná (CPT), Rogério Nunes, afirma que cerca de 250 famílias de pequenos agricultores de Telêmaco Borba e de Ortigueira devem ter terras alagadas. No entanto, segundo ele, o EIA-Rima não indica com clareza como esses proprietários serão compensados. Historicamente, de cada 100 famílias atingidas por barragens, 70 não recebem nenhum tipo de indenização", diz ele.
A reserva indígena de Mococa, com 1.250 índios, é um exemplo de comunidade afetada indiretamente, mas que não está contemplada no estudo de forma adequada, diz Nunes. Segundo ele, a reserva não terá terras alagadas, mas com o represamento do rio, o seu modo de sobrevivência, baseado na caça e na pesca, pode ser afetado. Nunes entende que, diante disso, seria errado que o licenciamento fosse feito pelo IAP. Para ele, o órgão competente é o Ibama (quando comunidades indígenas estão envolvidas o licenciamento deve ser feito pelo órgão federal). (FM)
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