| Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Uma cratera se abriu próximo às obras da trincheira da Avenida das Américas, em São José dos Pinhais, após as chuvas que atingiram a região no fim de semana. O problema resultou em rachaduras em quatro casas das ruas Joaquim Nabuco e Doutor Claudino dos Santos e deixou quatro pessoas desabrigadas. Os moradores foram retirados temporariamente das residências, nesta segunda-feira (18), por precaução e ainda não há prazo para que sejam autorizadas a voltarem para casa.

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Veja fotos da trincheira danificada por um deslizamento

De acordo com Sandro Setim, diretor técnico da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC), órgão do governo estadual, o excesso de chuva do fim de semana infiltrou no solo e levou embora parte da terra onde a estrutura está apoiada. A água passou entre duas colunas da trincheira, causando um afundamento na rua paralela. "O engenheiro estrutural recomendou fazer mais uma linha de vigas para aumentar o número de tirantes de contenção [colunas de concreto], e a previsão é de mais 48 horas de serviço", informou.

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A EMPO, empreiteira responsável pela obra, realojou parte dos moradores das casas para um hotel próximo à rua enquanto avaliam os riscos causados pelas rachaduras no solo e nas casas. Alguns deles, entretanto, se recusaram a sair.

"Se a maloqueiragem vê que a casa tá abandonada, eles entram pra roubar mesmo. Eu e meu irmão não vamos sair daqui", afirma o entregador de jornal Dalírio Siqueira, de 53 anos. "Ontem disseram que iam cuidar, mas à noite só tinha um guardião da empresa aqui, e ele não vai conseguir tomar conta de tudo", completa. Ele avalia os danos da casa, apontando rachaduras na parede e de colunas que se moveram. "A porta não fecha mais, o batente se afastou", mostra.

De acordo com Setim, um seguro civil da empreiteira será acionado para ressarcir os moradores pelos danos causados pelo problema.

Obra do PAC da Copa está atrasada

A trincheira da Avenida das Américas faz parte do PAC da Copa, e já deveria estar concluída. "Tivemos algumas interferências da empresa de gás e da Sanepar, mas isso já foi ajustado no ministério das cidades e agora a previsão de conclusão da obra é dezembro", diz o diretor da COMEC. Ele admite que, caso a obra já estivesse concluída, o material não teria sido escoado entre as colunas de concreto.

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De acordo com Arivaldo Queiroz, diretor da EMPO, os engenheiros vão avaliar a estabilidade de parte da obra conhecido como maciço, segurado agora por cabos de aço, para fazer a recomposição do talude por baixo. "A área já está estabilizada e não oferece mais risco. Vamos apenas fazer uma avaliação técnica para ver se uma das casas vai precisar ser demolida ou não", comenta.

Deslizamento abre cratera perto de trincheira