O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) iniciou, nesta segunda-feira (29) uma vistoria nas calçadas e ruas da quadra do prédio do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no bairro Alto da Glória, em Curitiba. O objetivo da fiscalização é traçar um diagnóstico da via, por onde transitam diariamente mais de 11 mil pessoas. Em 15 dias, o órgão deve publicar um relatório, especificando os pontos que não estão em conformidade com as normas.
Até a terça-feira (30), três técnicos do Crea-PR vão analisar as calçadas do trecho que compreende o quadrilátero formado pelas ruas General Carneiro, Conselheiro Araújo, Padre Camargo e Avenida Agostinho Leão Júnior. As calçadas serão observadas sobre quatro aspectos: acessibilidade (se elas atendem aos dimensionamentos, de acordo com as normas técnicas), vias públicas (pavimento, faixas e sinalização), segurança (iluminação e policiamento) e quedas (condições, buracos, obstáculos e desníveis).
"Após a vistoria, vamos preparar um relatório comparando as condições da quadra com o que seria ideal. Com isso, pretendemos começar uma discussão sobre a qualidade das calçadas de Curitiba", explica o facilitador do Crea-PR, o engenheiro Civil Maurício Bassani.
Problemas
Em uma primeira análise, saltam à vista alguns itens que dificultam a acessibilidade da via. Nas esquinas, não há guias rebaixadas para cadeirantes. A calçada em frente ao HC é de petit-pavê, com piso totalmente irregular e escorregadio. A alça de acesso ao hospital é um aclive acentuado, com degraus. Como não há rampa de acesso, uma pessoa que precisa de cadeira de rodas para se locomover não consegue chegar à unidade sem auxílio.
"A nossa avaliação é que as calçadas desta quadra são péssimas. Pior é impossível. E não são só cadeirantes que não podem se locomover por aqui. Mulentantes ou idosos tem muita dificuldade", diz o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Nardini.
Lauro José da Cruz, que há dois anos só consegue andar com o auxílio de muletas, confirma as dificuldades. Com os movimentos limitados por causa da osteoporose e da artrose, ele vence os degraus com cautela. Em dias de chuva, com o piso escorregadio, é ainda pior. "Se eu cair, eu vou passar o resto da vida em uma cadeira de rodas. Dá medo, mas não tenho ninguém para me acompanhar até o hospital", conta.
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