Uma fiscalização realizada ontem constatou que o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, terá de passar por melhorias para garantir a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais.
Calçamento escorregadio, falta de corrimãos e ausência de faixa de piso tátil foram alguns dos problemas apontados por profissionais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR).
Segundo a arquiteta Danielle Cenci, a maioria das adequações precisaria ser feita na parte externa do aeroporto. "Foi verificada falta de corrimão e de vagas especiais de estacionamento", afirma. No banheiro, a equipe observou a falta de barra horizontal na porta de acesso e de um protetor de sifão na pia.
A equipe destacou melhorias, como a plataforma para cadeirantes criada no setor de desembarque e o fornecimento de cadeira de rodas pelas companhias aéreas. "Daria nota de 7 a 7,5. Acho que a maior dificuldade está no acesso do deficiente visual, pela falta de sinalização", diz o engenheiro civil Carlos Wilson Berti, que acompanhou a fiscalização como representante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A assessoria de imprensa do aeroporto informou que no início de 2008 será contratada uma empresa para desenvolver um projeto de acessibilidade.
Uma segunda inspeção analisou a estrutura e segurança do aeroporto. Nesse caso, nenhuma irregularidade foi percebida pelos 15 profissionais do Crea-PR, do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de São José dos Pinhais. "Não detectamos nenhum ponto que necessite de intervenção imediata na questão de manutenção geral", afirma o gerente-regional do Crea-PR, Mário Guelbert Filho.