Um menino de apenas três anos, morador de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, ficou cinco dias com uma bala alojada na cabeça sem que ninguém percebesse. O projétil, que atravessou o cérebro, só foi descoberto depois que a criança passou por três médicos. Samuel da Silva Souza Júnior foi operado na terça-feira e ontem deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O menino estava brincando com um amigo na frente da casa de sua família quando entrou reclamando de dores na cabeça. Um colega que estava com Samuel foi acusado de ter provocado o ferimento com uma pedrada.
Com a cabeça sangrando, Samuel foi levado ao hospital. A primeira médica que o examinou receitou analgésicos e antibióticos e liberou a criança, sem exigir outros exames. Quatro dias depois, o menino continuava reclamando de dores e foi levado a um posto de saúde. Outra médica atendeu Samuel e também não pediu uma radiografia.
A tia de Samuel, Divalcir Oliveira, contou que a médica não quis dar pontos no ferimento, pois segundo ela, o procedimento deveria ter sido feito no primeiro dia. Como o menino não melhorou, a família pagou por um raio-x. A radiografia mostrou a bala dentro da cabeça de Samuel.
O neurocirugião que realizou a cirurgia em Samuel disse ter ficado impressionado com o raio-x. A operação foi feita com tranquilidade. Samuel já saiu da UTI e, segundo o médico, não deve ter sequelas.
A Policia Civil de Foz do Iguaçu abriu inquérito para descobrir de onde partiu o tiro. A Secretaria Municipal de Saúde vai investigar se houve negligência por parte das médicas que atenderam Samuel.
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