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Uma mulher deu à luz no banheiro do Hospital Evangélico, na madrugada de domingo (21), em Curitiba. A professora Lucélia dos Santos Teles Cardoso aguardava atendimento quando entrou em trabalho de parto. A sogra dela foi quem ajudou no nascimento da criança. Lucélia já havia estado no hospital, mas o médico mandou que ela fosse para casa e voltasse quando tivesse maior dilatação.

Lucélia conta que chegou ao hospital por volta das 23h50 de sábado (20) com contrações a cada 10 minutos. O médico que a examinou concluiu que não havia dilatação suficiente para o nascimento da criança e mandou que ela voltasse às 7 horas de domingo. A professora e o marido, Rodrigo Teles Cardoso, voltaram para casa no bairro Nações, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba.

Cerca de duas horas depois, a professora retornou ao hospital sentido fortes dores. Desta vez, não teriam sido atendidos, segunda Solange Aguiar Cardoso, sogra da professora. "Ficamos aguardando e não apareceu ninguém no plantão. Quando uma enfermeira veio, nós falamos que precisávamos de um médico, mas ele disse que precisávamos esperar", contou Solange.

A sogra conta que esperaram por cerca de uma hora e ninguém apareceu para atendê-los. "Não falaram que faltava leito, que faltava médico, só disseram que era para esperar". Lucélia foi ao banheiro, acompanhada da sogra, e entrou em trabalho de parto. "Ela foi se abaixou e sentiu a criança saindo. Quando eu fui olhar a criança veio e eu segurei", relatou Solange.

Ao ouvir os pedidos de ajuda da mulher e da mãe, Cardoso teria ficado desesperado e saiu em busca de um médico. Só então um médico chegou e cortou o cordão umbilical da criança e levou a mãe e o bebê para receber atendimento. "Era um banheiro sujo, não tinha luz e eu tive meu filho ali naquele lugar, foi horrível. Eu espero que nenhuma mulher passe por isso", disse Lucélia. O bebê, Nicole Beatriz Teles Cardoso, passa bem. A mãe e a criança tiveram alta na terça-feira (23) e estão em casa. Nicole é a segunda filha do casal.

A assessoria de imprensa do Hospital Evangélico negou que tenha havido negligência por parte dos médicos e enfermeiros. Em nota, o hospital afirma que o atendimento foi compatível com o recomendado pelos protocolos médicos. "Salientamos que a criança nasceu em excelentes condições clínicas e a gestante não sofreu qualquer intercorrência médica", conclui a nota.

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