Crimes reais
Situações de crime na internet que chegam ao Núcleo de Combate aos Ciber Crimes, no Paraná:
Identidade
Usuários de site de relacionamentos colocam nome completo, telefone e endereço. Criminosos se apropriam das informações, criam identidades falsas e passam a divulgar dados das vítimas.
Dinheiro
Pessoas interessadas em obter empréstimos encontram na internet falsas agências que prometem financiamento. As vítimas enviam imagens escaneadas da carteira de identidade e do CPF. O falsário utiliza os dados para fazer compras on-line.
Bancos
Usuários de bancos entram em sites seguros, mas clicam em mensagens que permitem a instalação de arquivos contaminados.
Ameaça
Criminosos acessam informações das vítimas pela internet e passam a ameaçá-la. Eles veem no site de relacionamento uma foto da vítima com o filho usando uniforme escolar e dizem que sabem onde ele estuda.
Extorsão
Criminosos arrumam emprego em uma empresa e passam a observar a rotina do chefe. Descobrem o e-mail dele e enviam mensagens anônimas para extorquir dinheiro.
Pedofilia
Pedófilos entram em sites de bate-papo para crianças. Eles pedem para elas irem em frente a câmera do computador e tirarem a roupa. Depois, vendem as imagens.
Se adultos já se expõem na internet sem perceber, crianças e adolescentes, pela inocência, acabam sendo mais vulneráveis ainda: 87% divulgam o nome verdadeiro, 56% dizem o sobrenome e 73% publicam fotos na internet. O resultado foi verificado em pesquisa da organização SaferNet com 875 jovens internautas.
A preocupação dos especialistas é que muitas vezes o computador fica no quarto da criança e os pais não têm controle sobre o conteúdo acessado. No levantamento da SaferNet, 65% afirmaram ter computador no quarto o que a doceira Beatriz Neves, de Curitiba, aboliu na sua casa. "Lá em casa, o computador é só na sala. Até tinha no quatro, mas botei na sala. Fico vendo e a todo instante estou junto com minhas filhas."
Beatriz não proíbe as filhas de 16 e 7 anos de acessarem o computador, mas faz questão de controlar o conteúdo. A mãe tem a senha das meninas para monitorar os recados. As três têm Orkut a filha mais nova, inclusive, aprendeu a ler pelo site de relacionamento. A menina estava com 6 anos e escrevia recados para as primas, que respondiam apontando os erros de grafia. "Quando ela se inscreveu, não sabia ler e foi praticando pelo site", diz a mãe.
Beatriz orienta as filhas a não divulgar informações e a não colocar o sobrenome no Orkut. Porém, publicam fotos da família. A mãe encara a internet como algo saudável. (BMW)
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