As crianças são as maiores vítimas de acidentes com fogos de artifício. Dados da Associação Brasileira de Cirurgia de Mão (Abcm) revelam que 40% dos queimados pelo uso de fogos são menores com idade entre 4 e 14 anos e que uma em cada dez pessoas que manuseiam esse tipo de artefato sofre amputações. Para a entidade, as festas de fim de ano aumentam os riscos de acidentes.
A mesma preocupação tem o Corpo de Bombeiros. O órgão recomenda que, em eventos de grande porte, seja contratado um profissional para a queima de fogos. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Gabriel Motta, o uso de fogos de artifício não é proibido, está previsto em lei, mas as pessoas devem seguir as instruções rigorosamente.
O primeiro cuidado deve ser tomado na compra dos fogos, toda loja deve ter autorização da Polícia Civil, mais especificamente da Divisão de Controle de Armas, Munições e Explosivos (Dame). Cada loja tem sistemas de proteção e a Polícia Civil vai s lojas cadastra todos os funcionários e apura a procedência e qualidade dos artefatos, afirmou. De acordo com a Secretaria de Segurança Publica do Distrito Federal, o consumidor deve observar se o estabelecimento comercial possui o alvará fornecido pela Dame.
As orientações do Corpo de Bombeiros na utilização de fogos de artifício são: não segurar o artefato com as mãos; prender o rojão em uma armação ou em um muro, e não ficar próximo na hora de acende-lo; não tentar reutilizar os fogos que falharem; usa-los somente ao ar livre, um de cada vez, e verificar se não há substâncias inflamáveis ou redes elétricas nas proximidades; ter sempre um recipiente de água, onde deve ser colocados os fogos usados ou os que falharam, para não haver riscos de novas explosões; conferir o certificado de garantia; e nunca fazer uso dos fogos se tiver ingerido bebida alcoólica.
O Exército também participa do controle desse tipo de produto, como prevê o Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Cabe ao órgão fiscalizar a sua fabricação, importação e exportação.