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As duas crianças levadas na tarde desta quinta-feira (09) de uma Casa Lar na Vila Trindade, no bairro Cajuru, em Curitiba, continuam desaparecidas. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), a polícia não está investigando o caso, que está sob a responsabilidade da 1.ª Vara da Infância e da Juventude de Curitiba. "Estamos tomando as providências necessárias", declarou a juíza responsável pela vara, Lídia Mattos Guedes.

Os irmãos de dois e cinco anos (e não duas meninas, como informado anteriormente) foram levadas da casa – espécie de orfanato para onde são encaminhadas crianças afastadas dos pais por motivos que ameaçam sua integridade física ou moral – durante o horário de visitas. O avô e uma prima dos meninos, autorizados pela Justiça, faziam a visita de rotina quando a mãe dos menores, junto com dois homens armados, teriam invadido a casa e levado as crianças à força.

A informação, no entanto, não é confirmada. "Eles não utilizaram armas", disse um dos responsáveis do abrigo. A prima teria facilitado a entrada das três pessoas. "Quando estavam saindo, fechamos o portão. Porém, a mãe conseguiu sair com as crianças. Um dos homens, que ficou para trás, pulou o portão para fugir", conta.

A versão exata não é confirmada nem pela polícia, nem pela Vara da Infância e da Juventude. "É segredo de Justiça", diz a juíza Lídia. Segundo ela, a entidade não foi negligente e não deve ser responsabilizada. "São pessoas dedicadas a causas muito difíceis e isso poderia ter acontecido em qualquer casa", lembra, Adriano Guzzoni, coordenador de Proteção Social Especial, da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba – que faz trabalho de suporte social às casas lares da cidade – reafirma que o abrigo é considerado exemplar. "É uma casa de excepcional qualidade, entidade séria, que possui todos os registros necessários e nunca apresentou nenhum problema."

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