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Um casal de gaviões virou sinônimo de preocupação na Escola Estadual Regina Coutinho Nogueira, na Vila Nogueira, em Campinas, a 93 km de São Paulo. Os ataques das aves a dois funcionários nos últimos meses obrigaram as crianças a usar chapéu de palha para se proteger. O local serve de colégio eleitoral e receberá até 4 mil eleitores no próximo domingo (31), no segundo turno da votação para presidente.

Nenhum aluno foi atacado até o momento. As duas vítimas foram alvo cinco vezes cada uma. Na última, uma delas teve o olho atingido e acabou no hospital. Outro funcionário ficou com uma cicatriz na testa.

Por precaução, o diretor da escola, César Eduardo Vaz, mudou a rotina das crianças. Elas só estão autorizadas a deixar a sala de aula com um chapéu. "Isso serve para qualquer área descoberta da escola", explica.

Os animais estão em fase de procriação e escolheram construir o ninho na árvore localizada no meio do pátio da escola. A fêmea fica no alto da árvore para proteger a cria. Da torre de uma igreja, o macho observa toda a área, com uma visão privilegiada. Segundo a Polícia Ambiental, a presença da espécie nas cidades é comum por se alimentar de pequenos roedores.

De acordo com o tenente Fábio da Nóbrega, um espantalho e fitas no telhado ou esticadas no muro são medidas preventivas válidas. "Isso serve para diminuir a noção de solo do gavião e evitar que ele faça o voo raso", afirma.

A retirada das aves do ambiente só pode acontecer com a autorização do Ibama, que até agora não foi obtida. Quem retirar os gaviões da árvore corre o risco de pegar de seis meses a um ano de prisão. A multa é de R$ 500 por ave. Os gaviões avançam apenas no caso de se sentirem ameaçados.

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