Nos últimos dois meses o número total de crimes é superior ao dobro do registrado no ano passado em Cascavel. Se somados os meses de maio e junho, quando as ocorrências dispararam, foram registrados 230 crimes em Cascavel. No mesmo período do ano passado, os dados da Polícia Militar mostram que foram praticados 104 crimes.

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A grande maioria dos assaltos deste ano (156) ocorreu em panificadoras, postos de combustíveis, ônibus do transporte urbano e residências. Contabilizando o semestre inteiro, a criminalidade já é 85% superior à registrada nos primeiros seis meses de 2004.

O presidente do Sindicato dos Panificadores, Gilberto Bordin, conta que muitos estabelecimentos estão fechando mais cedo, temendo a "visita" dos assaltantes. Só a panificadora de Bordin já foi assaltada cinco vezes – a última há três dias, quando um homem armado levou o dinheiro de todas as vendas do dia. De acordo com Bordin, alguns estabelecimentos são obrigados a contratar seguranças particulares para suprir a deficiência da polícia.

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Efetivo

O presidente do Conselho Municipal de Segurança, José Polasek, culpa a falta de policiais militares pelo aumento da criminalidade. O efetivo do 6.º BPM é de aproximadamente 220 homens, pouco para cuidar dos 275 mil habitantes de Cascavel, segundo Polasek.

O subcomandante do 6.º Batalhão da Polícia Militar (BPM), major Celso Borges, reconheceu que a polícia está com dificuldades para combater o problema. Para reforçar a segurança, o 6.º BPM colocou nas ruas anteontem mais dois carros do policiamento ostensivo (Projeto Povo).

Na quinta-feira, foram presos três homens e um adolescente acusados de praticar vários assaltos em Cascavel. Com eles, os policiais apreenderam mercadorias furtadas e duas espingardas calibre 12. O grupo é acusado de praticar diversos crimes na cidade.