Seis ônibus foram incendiados por criminosos na Grande Ilha, Região Metropolitana de São Luís, na madrugada desta sexta-feira (20). Três coletivos ficaram completamente destruídos. Não há informações sobre feridos.
Em resposta, a Polícia Militar do Maranhão prendeu sete suspeitos, sendo quatro homens, duas mulheres e um adolescente, que estavam com grande quantidade de combustível.
Os ataques aconteceram nos quatro municípios que fazem parte da Grande Ilha: em São Luís, nos bairros Jardim Tropical e Liberdade; em Paço do Lumiar, na região do Maiobão e na Vila Marly Abdalla; em São José de Ribamar, no bairro Cidade Verde; e outro no ponto final de ônibus na cidade balneária de Raposa.
Em nota, o governo do Maranhão informou que os ataques foram reações à política de enfrentamento às facções criminosas, que “tem resultado em sucessivas apreensões de grande quantidade de armas e drogas, além da recuperação de sua autoridade sobre o sistema penitenciário”.
O governo também declarou que “os bandidos que determinaram e executaram tais ações já foram localizados e sofrerão as penas previstas em lei”.
De acordo com o secretário estadual de Segurança, Jefferson Portela, equipes especiais das Polícias Militar e Civil, além do Grupo Tático Aéreo (GTA) e o Serviço de Inteligência, estão em ação para tentar conter novos ataques em São Luís. “Nós já acionamos todas as polícias e isso inclui o pessoal da Civil e Militar, e mais o GTA e o Serviço de Inteligência para fazer a segurança”, informou.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reuniu a cúpula da Segurança estadual no Palácio dos Leões por volta das 2 horas e ordenou que todo o efetivo policial fosse para as ruas para “garantir a paz” e a elucidação dos ataques.
Histórico
A última onda de ataques a ônibus em São Luís foi em 2014. No mês de janeiro daquele ano, facções criminosas incendiaram quatro coletivos e deixaram uma criança morta e quatro feridos com queimaduras. Na época, a Secretaria Estadual de Segurança relatou que as ações foram orientadas e comandas de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Em outubro, outros dois veículos do sistema de transporte público foram incendiados, sem vítimas.