A duração dos seqüestros-relâmpagos, que culminam com a retirada de dinheiro das vítimas em caixas eletrônicos, já não condiz com a rapidez pelo qual o crime ficou conhecido. Na última semana, em Curitiba, foram registrados dois casos em que bandidos mantiveram pessoas como reféns até a manhã do dia seguinte ao seqüestro, liberando-as logo depois de realizarem saques na conta das vítimas. A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) investiga se a ação é praticada por uma quadrilha especializada.
Nos dois episódios, a ação foi muito parecida. Segundo a polícia, sempre por volta das 22h30, dois homens armados em uma moto rondam certa região em busca de uma vítima fácil. Quando uma pessoa estaciona ou está com o automóvel parado, a dupla abandona a moto e rapidamente aborda a vítima. Isso foi o que aconteceu com um médico, na segunda-feira da semana passada, à noite, próximo ao cruzamento da Avenida Marechal Deodoro com a linha do trem, no bairro Alto da XV, em Curitiba. "Eles não têm uma região definida para agir. O outro caso aconteceu no Bigorrilho", explica o delegado titular da DFR, Rubens Recalcatti.
Em posse de cartões de crédito e senhas, os seqüestradores colocam as vítimas no porta-malas do carro e começam a andar com o veículo pela cidade. Foi o que ocorreu com um casal de professores na madrugada da última quarta-feira. Enquanto isso, os bandidos dão carona para outros comparsas. De acordo com a polícia, em uma das situações eles pegaram outras cinco pessoas na Cidade Industrial de Curitiba.
Depois, o bando passa em supermercados e lojas de conveniência para realizar compras com o dinheiro da vítima. "Geralmente, o carro é levado para o lado do Pinheirinho e da Fazenda Rio Grande", conta Recalcatti. Lá, com a vítima ainda no porta-malas, os criminosos trocam as rodas do veículo, retiram outros acessórios do carro e fazem festas e churrascos até o amanhecer. Nesse período, a moto abandonada no início da operação também é recuperada.
Às 6 horas, os seqüestradores vão até um caixa eletrônico e sacam o valor máximo possível da conta bancária das vítimas. Em seguida, depois de uma hora, os reféns são liberados com seus carros e sem celular em bairros afastados de Curitiba para que a quadrilha tenha tempo de fugir. "Ninguém foi agredido. Levaram o som do carro, mil reais do banco, celular e outras coisas pequenas", relata um universitário, vítima de um crime como esse no início de setembro. Nenhuma das vítimas quis se identificar.
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