Foz do Iguaçu A crise aérea brasileira aumentou entre 8% e 10% o turismo rodoviário na tríplice fronteira no fim do ano em relação a 2005, de acordo com estimativa do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Foz do Iguaçu (Sindhotéis). Na aduana de Puerto Iguazú, na Argentina, o tráfego de carros foi intenso ontem por conta da rigorosa fiscalização os turistas brasileiros eram cadastrados ao entrar no país, obrigados a apresentar o RG ou passaporte. Pela manhã, a fila passava de um quilômetro, obrigando os motoristas a esperar entre 40 minutos e uma hora para chegar a Puerto Iguazú. Policiais argentinos estavam no local para disciplinar o trânsito. A preferência era de carros com placa argentina, táxis e veículos de turismo de ambos os países.
A curitibana Graciane Siqueira Grudinzinski, 56 anos, foi uma das que preferiu visitar Foz do Iguaçu de carro a enfrentar o aeroporto. "Em vez de ficar 9 horas parada no aeroporto, ficamos 9 horas viajando para chegar aqui", diz. Ontem, Graciane passou cerca de 40 minutos na fila da alfândega argentina antes de visitar o comércio de Puerto Iguazú.
Outra atração procurada pelos turistas nessa época são as Cataratas no lado argentino. Essa foi a opção da família do dentista Laerte Oyatomari, de Registro (SP). Ele decidiu visitar Foz do Iguaçu com a mulher e os filhos de carro, depois da primeira visita, há 12 anos. "A infra-estrutura melhorou", diz ele, elogiando as melhorias no Parque Nacional brasileiro e na aduana paraguaia.
Hotéis
Segundo o presidente do Sindhotéis de Foz, Luiz Rolim de Moura, o fato repercutiu positivamente nos hotéis de duas a quatro estrelas, alvo dos hóspedes que costumam viajar de carro. "Muita gente do norte do Paraná e de Curitiba deixou de fazer viagem aérea para viajar de carro", diz Moura.
Um dos exemplos é o Hotel San Juan, de Foz do Iguaçu. Wanderlei de Amorim, responsável pelo setor de reservas, diz que este ano o hotel recebeu 10% de hóspedes rodoviários a mais em relação ao ano mesmo período do passado. "São turistas do Mato Grosso do Sul, São Paulo e do Paraná", diz. Segundo Amorim, alguns hóspedes aproveitam para passar o réveillon nos hotéis de luxo da cidade.