Na avenida
O Grupo Especial do Rio de Janeiro começa neste domingo com transmissão ao vivo pela TV Globo-RPC a partir das 21 horas. Confira as escolas que abrem a Marquês de Sapucaí:
Império Serrano A Lenda das Sereias
Grande Rio Voilà, Caxias! Liberté, Egalité, Fraternité, Merci Beaucoup, Brésil! Não Tem de Quê!
Vila Isabel Neste Palco da Folia, é Minha Vila que Anuncia: Theatro Municipal A Centenária Maravilha
Mocidade Independente Mocidade Apresenta: Clube Literário Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrela em Poesia!
Beija-Flor No Chuveiro da Alegria, Quem Banha o Corpo Lava a Alma na Folia
Unidos da Tijuca Tijuca 2009: Uma Odisseia Sobre o Espaço.
A crise financeira internacional afugentou os patrocinadores, a alta do dólar encareceu o material, a eleição atrasou a subvenção municipal. Foi em clima de "apertem os cintos, o dinheiro sumiu! que as 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio se prepararam para o desfile que começa neste domingo, na Sapucaí.
Mas, embora tarda, o socorro com dinheiro público não falha. Nas duas últimas semanas jorraram R$ 4,8 milhões da prefeitura do Rio, outros R$ 4,8 milhões do governo do estado e foram anunciados R$ 3 milhões da Eletrobrás.
Com a generosidade dos três níveis do Executivo, cada agremiação receberá, no mínimo, R$ 3,5 milhões, somadas aí as verbas provenientes da transmissão da TV, do CD dos sambas-enredo e do merchandising no sambódromo.
Enquanto a bonança não vinha, várias escolas apelaram para medidas de economia.
Mesmo a poderosa Beija-Flor não conseguiu patrocínio para seu enredo sobre banhos, com o qual pretende conquistar seu terceiro tricampeonato. "Acho que isso pôs a Beija-Flor em pé de igualdade com as outras, diz o carnavalesco da es-cola de Nilópolis, Alexandre Louzada, que estima em R$ 7 milhões o custo total do desfile.
Antes simples, a Unidos de Vila Isabel ganhou o carnaval de 2006 com luxo, que também usará neste domingo para contar a história do Teatro Municipal do Rio. "É um desfile caro, rico em detalhes, diz Alex de Souza, que divide a função de carnavalesco com Paulo Barros, criador de encenações para alegorias.
A única agremiação que conseguiu patrocínio foi a Grande Rio. Recebeu cerca de R$ 4 milhões de empresas francesas e da prefeitura de Nice para falar das relações entre França e Brasil.
Se a Mocidade Independente sofreu para, com pouco dinheiro, concluir sua homenagem a Machado de Assis e Guimarães Rosa, o Império Serrano fará um desfile já pago, do qual o grande trunfo é a reedição do samba-enredo de 1976 sobre sereias e outras lendas do mar.
São Paulo
Bateboca e problemas mecânicos marcaram a primeira noite de desfiles do Grupo Especial das escolas de samba em São Paulo. A agremiação Nenê de Vila Matilde, última escola a entrar na avenida na noite de sexta-feira, precisou inverter a ordem das alas por causa de problemas no segundo carro alegórico. Uma discussão entre o carnavalesco e o integrantes da escola contribuiu para aumentar a tensão. Apesar dos problemas, a escola começou e terminou o desfile no horário. Todas as escolas respeitaram o cronômetro e colocaram na avenida apresentações que não devem ter problemas com os critérios técnicos.
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