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Retrospectiva

Crise econômica castigou orçamento da educação em 2015

Estudante da UFPR na volta às aulas após 30 dias de greve em 2015. | Antônio More/Gazeta do Povo
Estudante da UFPR na volta às aulas após 30 dias de greve em 2015. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

No primeiro dia de 2015, a presidenta Dilma Rousseff, recém empossada, definiu o novo lema de governo: Brasil, Pátria Educadora. O ano foi conturbado política e economicamente e a educação não escapou do contexto. A pasta terminou o ano sob o comando do quarto ministro e com quase R$ 11 bilhões a menos no Orçamento do que o programado. Os cortes nos recursos para a área motivaram greves de professores, desde o ensino básico ao ensino superior.

“Para a educação foi um ano muito ruim, não por questões intrísecas à área de educação, mas porque política e economia travaram a pauta”, diz o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

Ainda que proporcionalmente a pasta tenha sido mais preservada que outras a Educação teve um dos maiores cortes nominais: foram R$ 10,6 bilhões no ano, o que reduziu o orçamento autorizado para 2015 de cerca de R$ 109 bilhões para aproximadamente R$ 98 bilhões.

As consequências foram atrasos nos pagamentos de programas. Caso do Mais Educação, que incentiva o ensino integral nas escolas.

“Os municípios foram conduzindo até onde foram capazes de arcar com as despesas. Mas alguns não tiveram condições e foram parando. Os alunos foram prejudicados por não terem continuidade nas atividades”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima.

Instituições e alunos, que contavam com o Fies, foram pegos de surpresa com os cortes. Apenas no meio do ano, após uma longa negociação, foi construído um novo modelo de financiamento.

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