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São Paulo – O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou uma série de crises políticas em seu primeiro mandato. A primeira delas estourou em fevereiro de 2004 e envolvia o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado em vídeo negociando propina com um empresário do ramo de jogos. A CPI dos Bingos só foi instalada no fim de junho de 2005.

Se o caso Waldomiro Diniz incomodava o governo, o que veio depois causou uma devassa na estrutura política do país: o mensalão. O estopim da crise surgiu em maio de 2005, com a revelação de uma fita de vídeo, que mostrava o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho negociando propina com empresários interessados em participar de uma licitação. No vídeo, o funcionário da estatal dizia ter o respaldo do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). Acuado, Jefferson decidiu sair para o ataque contra o governo e denunciou um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares da base aliada em troca de apoio político. Foi criada, então, a CPI do Mensalão, que encerrou seus trabalhos em novembro de 2005 sem aprovar um relatório final e sem aprofundar devidamente todas as investigações.

Já em 2006, estourou outro esquema de corrupção descoberto pela PF que envolvia membros do Congresso e do Executivo: a máfia das ambulâncias. A CPI dos Sanguessugas foi criada recentemente e ainda está apurando o alcance do esquema entre parlamentares. A 15 dias das eleições, a PF apreendeu vídeo, DVD e fotos que fariam parte de um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. O material teria sido encomendado pelo PT ao empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas.

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