São Paulo O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, fez campanha ontem em São Paulo e disse na Central de Solidariedade ao Trabalhador que o problema do desemprego só será solucionado quando a política econômica do governo estiver voltada para a capacitação do cidadão, que viria com mais investimentos na educação. "Com mais R$ 7 bilhões destinados ao ensino, é possível fazer essa revolução", disse o senador e ex-ministro da Educação.
Ao responder a pergunta de dois jovens desempregados, sobre a democratização no ingresso à universidade, o candidato do PDT enfatizou que antes de democratizar o ingresso, o governo federal deve assumir a responsabilidade pela educação básica, padronizando o ensino médio em todo o país. "Hoje, apenas 1/3 dos brasileiros terminam o ensino médio. Esse número por si só indica que não há democracia na educação. Se as 160 mil escolas no Brasil seguirem um padrão, de salários, de formação e de conteúdo, poderemos democratizar o ensino."
Na visita a uma cooperativa de motoristas de ônibus na cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, Cristovam ouviu reclamações em relação à segurança pública. Cristovam entrou na carcaça de um ônibus queimado e afirmou, como vem fazendo nos últimos dias, que o país vive uma guerra civil. "Para tratar imediatamente dessa guerra, é necessária a construção de presídios, e de uma agência nacional de segurança pública". O pouco tempo de tevê (dois minutos e 23 segundos) reservado pelo TSE a sua candidatura, não preocupa o senador. "Nesse tempo eu posso , com a ajuda de uma equipe de publicitários transmitir minhas propostas sem mentir. Se tivesse os 10 minutos de Alckmin, só precisaria de quadro negro", brincou o professor Cristovam, que foi reitor da Universidade de Brasília (UnB).
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