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Trechos do relato de Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação, em seu perfil no Facebook, um dia após deixar o cargo, em 8 de outubro:

“Deixei claro como água que o texto inteiro da base que foi divulgado não era um documento oficial do MEC, mas uma proposta elaborada a convite dele. O fato é que o documento de História tem falhas. Tanto assim que retardei sua publicação e solicitei ao grupo que o elaborou que o refizesse. Mas eles mudaram pouca coisa.

O que eu pensava para a base comum em História era que ela tratasse da História do Brasil e do mundo, sendo que esta não se deveria limitar ao Ocidente e seus precursores, mas incluir - desde a Antiguidade – a Ásia, bem como a África e a América pré-colombiana. Primeiro de tudo, uma história não eurocêntrica.

Segundo, uma história que tratasse de tudo o que a disciplina foi estudando nas últimas décadas – mentalidades, economia, rebeliões, cultura.

O documento entregue, porém, na sua primeira versão ignorava quase por completo o que não fosse Brasil e África. Pedi que o revissem. Mas o grupo que elaborava a base não entendia assim. Não havia sequência histórica. Queriam partir do presente para ver o passado. Não havia, na proposta, uma história do mundo. É direito de todo jovem saber o trajeto histórico do mundo. Precisa aprender sobre a Renascença, as revoluções, muita coisa. É esta diversidade que a educação democrática e de qualidade deve garantir”.

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