Mortes na UTI: agente gravou diálogos de médica do Evangélico

Diego Ribeiro e Rosana Félix

Exames de necropsia feitos em pacientes que morreram no Hospital Evangélico entre o fim de dezembro de 2011 e março de 2012 apontaram para a existência de pulmões congestionados e com secreção, o que deu força à denúncia anônima sobre uso de medicamentos com a intenção deliberada de matar pacientes na UTI geral da instituição. Entretanto, a investigação da Polícia Civil e do Ministério Público sobre o caso também revelou que remédios desse tipo não deixariam vestígio no corpo, e que para comprovação dos fatos seria necessário colocar um agente infiltrado, com autorização para registrar áudios e vídeos dentro do hospital.

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Após o fim do sigilo do inquérito policial, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) divulgou nota em jornais de Curitiba sobre a investigação de mortes suspeitas na UTI do Hospital Evangélico. O CRM-PR manifestou preocupação com a condenação pública dos profissionais da instituição citados no caso. A entidade pede que os envolvidos sejam avaliados e julgados pelos órgãos competentes.

Assim que tiver acesso ao conteúdo do inquérito policial, o CRM informou que dará continuidade à sindicância. Mas, o trâmite interno terá caráter sigiloso por conta do Código de Processos Ético-Profissionais. O caso será avaliado "com critérios técnicos, serenidade e imparcialidade", diz a nota.

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A entidade reafirmou confiança no corpo clínico da instituição, afirmou que a história do Hospital Evangélico deve ser preservada e pediu respeito à classe médica, aos pacientes do Evangélico e aos familiares.

A nota do CRM termina com o pedido de cautela na divulgação dos fatos envolvendo as investigações no Evangélico.

Governador Beto Richa fala sobre investigação no Evangélico

O governador Beto Richa se manifestou nesta quarta-feira (27) sobre a investigação no Hospital Evangélico. Ele disse que "a polícia está cumprindo a sua obrigação de forma isenta, independente e estritamente técnica e que os resultados têm aparecido".

Richa destacou ainda que "a instituição Hospital Evangélico deve – de todas as formas - ser respeitada". "Temos ali muitos profissionais que merecem nosso reconhecimento e nosso respeito. Quem deve, tem de ser punido de forma exemplar", afirmou Richa, em entrevista ao telejornal Paraná TV 1ª. edição.

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