Desde outubro de 2012, o cromatógrafo gasoso do Instituto de Criminalística (IC) de Curitiba funciona normalmente. A Gazeta do Povo foi até o local há um ano e mostrou que o equipamento recém-recebido da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que custa R$ 308 mil, estava parado porque a sala onde ele deveria ficar precisava de uma obra, orçada em R$ 4 mil. Obra realizada, duas mil amostras, desde então, já passaram pela máquina, que serve para analisar materiais retirados das cenas dos crimes.
Drogas, explosivos, venenos e resíduos de incêndio são alguns dos matérias que podem passar pelo cromatógrafo e ajudar a polícia e solucionar crimes. Na prática, o equipamento separa todos os componentes de determinada substância, para que eles sejam analisados separadamente. "Em um incêndio, por exemplo, para saber se foi criminoso, se alguém jogou alguma substância para atear fogo, retira-se um pedaço do tapete, por exemplo e a máquina vai separar todos os componentes. Se houver algo usado para começar o incêndio, é possível saber", explicou o chefe do Laboratório de Ciências Químicas e Biológicas, Ennio Marçal Filho.
Marçal Filho contou que depois da reportagem, a verba para a obra foi liberada. Além disso, funcionários do laboratório ajudaram na reforma. "Foram feitos reparos na instalação elétrica, readequação dos gases e instalação de um novo ar condicionado", explicou.
A reforma começou em junho e a máquina foi instalada no mês de agosto. Em setembro, os funcionários do laboratório passaram por um treinamento para a utilização do cromatógrafo, que finalmente começou a funcionar em outubro.
O laboratório já tinha recebido um equipamento igual em 2001, mas ele ficou cinco anos encaixotado e, quando foi instalado, não funcionou bem. Em maio de 2012, ele estava no conserto, em uma empresa especializada de São Paulo. Hoje, ele está inutilizado, como contou Marçal. "A empresa de São Paulo disse que não tinha como recuperá-lo, mas já estamos fazendo licitação para pedir novos equipamentos". A licitação pede a compra de um Cromatógrafo Líquido de Alta Performance (pouco diferente do que há no IC, ele serve para análises de proteínas, açúcares e aminoácidos), um Cromatógrafo Iônico (para análise de explosivos), um aparelho para verificação de PH, além de novos microscópios e freezers. Os itens são para Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. "Estamos pedindo quatro de cada", disse Marçal.
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