O novo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, e a cúpula da corporação fazem nova reunião nesta segunda-feira para definir mudanças em comandos de batalhões. De acordo com a assessoria da PM, uma das discussões em pauta é a troca do comandante das Unidades de Polícia Pacificadora. O nome cotado para assumir o cargo, hoje ocupado pelo coronel Robson Rodrigues, é o do coronel Rogério Seabra.
Depois de promover a troca em, pelo menos, 13 postos da cúpula, o novo comando da PM revogou decreto do coronel Mário Sérgio, de 2009, que cancelava prisões administrativas por faltas leves. Com a medida, os comandantes dos batalhões voltarão a ter plenos poderes para punir e manter preso dentro do quartel o policial que cometer indisciplina.
A cúpula da PM fez reuniões durante todo o fim de semana para definir nomes que integrarão o novo comando. O novo comando da Polícia Militar decidiu quem vai ocupar o 3º Comando de Patrulhamento de Área (CPA), que abrange os batalhões da PM da Baixada Fluminense. Para o cargo, antes ocupado pelo coronel Marcus Jardim Gonçalves, vai o coronel Danilo Nascimento, que estava à frente do 35º BPM (Itaboraí). O comandante do Estado Maior operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, vai acumular também a função de comandante do Comando de Operações Especiais, ao qual estão subordinados o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Grupamento Aeromarítimo e a Companhia de Cães da PM
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse na sexta-feira achar saudável que haja mudanças na polícia. Ele afirmou ainda que o novo comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, terá autonomia, mas também precisará assumir a responsabilidade por suas decisões.
"O coronel Costa Filho e seu Estado-Maior têm a minha confiança e autonomia. Eles vão sempre me dever responsabilidade e compromisso, e deverão assumir suas decisões". Beltrame disse que não fez qualquer recomendação especial à nova cúpula da PM: "A orientação está dada há quatro anos: pacificação em áreas conflagradas, diminuição dos índices de criminalidade e demostrações firmes de que não há qualquer tipo de pacto com desvio de conduta".
Perguntado se foi surpreendido com a recente crise na PM, o secretário destacou que o problema é antigo: "Estamos mexendo em instituições que chegaram aqui com Dom João. Temos que analisar isso, avançar e criar novas metodologias. São vários os problemas: de logística, infraestrutura e tecnologia".
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