A cúpula da Segurança Pública do Paraná afirmou, na tarde desta terça-feira (26), em Curitiba, que os crimes que geraram quatro mortes contra policiais militares não têm conexão nem envolvimento do crime organizado. Além disso, o secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, informou que três dos quatro casos já possuem linha de investigação definida e suspeita de autoria.
Duas pessoas já foram presas durante a semana passada suspeitos de participarem dos casos, mas a confirmação sobre a autoria não foi ainda divulgada. Mesquita concedeu entrevista coletiva na sede da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária junto do comandante-geral da PM, Maurício Tortato, e do delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Reis.
“Já temos linha de autoria e materialidade em três casos. Já temos pessoas presas. Algumas perícias estão pendentes para finalização. Nosso foco é finalizar essas investigações. É importante ressaltar que não existe até o momento informação que indique a atuação de crime organizado em face da PM ou ordem para vitimar militares”, afirmou Mesquita.
Os casos ocorreram nos bairros Fazendinha, Sítio Cercado, Fanny, na capital, e em Colombo, na Região Metropolitana. Em todas as circunstâncias com mortes, os policiais estavam fora de serviço. De acordo com o secretário e os chefes de polícia, os detalhes de cada investigação deverão ser divulgados apenas após os casos serem concluídos. Mesmo assim, afirmou que as motivações de cada crime são diferentes.
Sobre uma informação que circulou entre policiais e agentes penitenciários de que haveria uma suposta comemoração no sistema prisional em razão das mortes dos policiais, Mesquita desmentiu o fato. Disse que não houve e que colocou o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para continuar apurando qualquer indício de movimentação de facção criminosa contra policiais.
Na noite desta segunda-feira (25), um soldado também foi baleado em Londrina. Ele não corre risco de morte. Além disso, a polícia investiga mais três tentativas casos envolvendo de tentativa de agredir e matar policiais. Em um dos casos, ocorreu em Pato Bragado. A reportagem apurou que os outros dois seriam em Curitiba.
O comandante da Polícia Militar disse que em uma das tentativas o policial estava em serviço. “Temos algumas circunstancias também em tentativa. Uma situação efetiva em objeto de serviço e outras duas absolutamente alheias ao serviço”, disse Tortato. As polícias também apuram todas as tentativas.