Pelo menos 90 mil pessoas passaram pelos cemitérios municipais de Curitiba neste domingo (2), feriado do Dia de Finados. O movimento ficou bem abaixo do que a Prefeitura de Curitiba estimou inicialmente, quando a expectativa era de que 300 mil passassem pelos cemitérios. Nenhum incidente foi registrado nos quatro cemitérios administrados pelo município.
FOTOS: Veja como foi o Dia de Finados em Curitiba
A Guarda Municipal, que reforçou a segurança nos cemitérios e entornos, também teve um dia tranquilo. O curitibano que foi aos cemitérios prestar suas homenagens encontrou uma programação religiosa especial, além de esquemas especiais de segurança e transporte coletivo.
A maioria dos cemitérios de Curitiba e Região Metropolitana realizou missas e eventos religiosos para celebrar o Dia de Finados. Entre eles esteve a tradicional missa do Cemitério Municipal Água Verde, presidida pelo administrador arquidiocesano de Curitiba, Bispo Dom Rafael Biernaski, que também contou com a participação do Padre Reginaldo Manzotti.
Para atender o intenso fluxo de visitantes, os cemitérios funcionaram em horário especial neste domingo, e permaneceram abertos das 7h às 18h. Ao longo do dia todo foi possível ver pessoas deixando flores e velas, e fazendo orações nos túmulos de entes queridos.
Visitar túmulos é tradição de família
Proprietários de um jazigo no Cemitério Água Verde há mais de 40 anos, Augusto, Eliane, Eliete e Leoni, todos da família Vosgrau, têm familiares e amigos enterrados ali. Todo Dia de Finados é sagrado para a família, que visita o local de descanso de seus entes queridos também em datas festivas, como Natal, e nos aniversários daqueles que já se foram.
"Nós somos a família que reza unida", brinca Eliete. Eliane conta que visitou o cemitério na véspera para se certificar de que o túmulo da família estivesse limpo, e depositar flores no local. Ela explica que seu objetivo é garantir que a sepultura esteja decorado desde o inicio da celebração: "é o Dia de Finados. Nós queremos flores no túmulo desde o inicio do dia".
Já a família Walenga visita o Cemitério Água Verde há mais tempo: há pelo menos 70 anos aquele é o local de descanso da família. No domingo, 11 membros de quatro gerações diferentes da família se reuniram para prestar homenagens. "Veio dos avós, passou para os pais, filhos, assim vai passando a tradição de cultuar os que já se foram", conta Mário Walenga. "Querendo ou não, todos nós vamos acabar aqui", reflete.
No Cemitério Municipal, o mais antigo da capital paranaense, Alzira Chaves Florêncio, Maria Elvira Florêncio e Michele Cristina Bueno visitaram o túmulo que pertence à família desde 1922. Elas explicam que todo ano, depois de prestar homenagens aos familiares enterrados ali, sempre visitam também o túmulo de Maria Bueno, um dos mais populares do cemitério, que atrai centenas de devotos todos os anos.
Também proprietários de um jazigo no Cemitério Municipal, Adriano e Josiane Costa Perdoncini visitaram o local acompanhados da mãe de Josiane, Nazaré Costa, e das três filhas do casal. Eles explicam que acham importante passar a tradição para as filhas: "a morte faz parte da vida. Estamos ensinando elas a encarar isso de forma natural", conta Josiane.
Curitibanos visitam entes queridos neste domingo
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