Curitiba anuncia plano para evitar inundações

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De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, há previsão de chuvas intensas até março em Curitiba. As precipitações devem ser acompanhadas de raios e fortes rajadas de vento. Para tentar evitar problemas com as chuvas, em 2004, o Ministério Público do Paraná propôs uma ação civil pública contra a prefeitura de Curitiba, pedindo uma solução "imediata" para pontos que sofriam constantemente com as enchentes. Seis anos depois, a administração municipal anuncia a implantação do Plano Diretor de Drenagem. Entretanto, as ações só devem ser concluídas no segundo semestre de 2012. Serão 18 meses de trabalho a partir da contratação da empresa que deve executar o projeto. Segundo a prefeitura, a licitação está em fase final, mas não há prazo definido para a sua conclusão.

O principal objetivo do trabalho será a fixação de diretrizes urbanas e ambientais para prevenir a ocorrência de cheias na cidade. Com custo estimado em R$ 2,9 milhões, o plano deverá conter um diagnóstico sobre as condições das bacias hidrográficas do Atuba, Iguaçu, Barigui, Belém, Padilhas e Passaúna, além de incluir medidas para a preservação das nascentes, melhoria da qualidade da água e reordenamento das ocupações irregulares. O projeto também irá sugerir medidas para a revitalização dos rios, adequação da estrutura de drenagem, implantação de piscinas de contenção e acumulação, monitoramento do lançamento de esgoto e ações de desassoreamento, limpeza e drenagem.

A prevenção contra enchentes também já vem sendo feita com a manutenção da rede de galerias, por onde escorre a água da chuva que os técnicos da área de saneamento chamam de "microdrenagem". A "macrodrenagem" é feita pelos próprios rios. São ações corretivas e preventivas de drenagem, além da construção de pontes e passarelas, dragagem, desassoreamento e desvio de fundos de vale (regiões que margeiam rios e córregos da cidade). As obras de pavimentação dos bairros também estariam ganhando nova rede de drenagem – com tubulações, caixas de captação de chuvas e bocas de lobo –, o que evita pontos de alagamentos.