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A operação  tirou das ruas seis mil toneladas de lixo e entulho | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A operação tirou das ruas seis mil toneladas de lixo e entulho| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Curitiba emitiu um total de 900 multas e quatro mil notificações para os proprietários de casas ou terrenos que não adotaram as medidas necessárias para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Ao todo, a Secretaria Municipal de Urbanismo vistoriou nove mil imóveis. A multa para quem não mantém o passeio do imóvel limpo, roçado e capinado é de R$ 759,28 no primeiro auto de infração. O valor sobe para R$ 1.618,26 na segunda vez e para R$ 3.037,12 na terceira.

Os dados são resultados do balanço da primeira etapa da Ação Integrada de Combate ao Aedes, que mobilizou diversos órgãos municipais nos últimos seis meses na capital do estado. Se levar em conta as visitas realizadas por equipes dos agentes de saúde, o número de imóveis visitados, isto é, que receberam algum tipo de informação e orientação sobre o Aedes sobe para 314.325.

“Foram realizadas tarefas com diversas equipes e secretarias de prevenção e mesmo agora no inverno não podemos descuidar. Temos que sempre nos manter alertas”, afirma o prefeito Gustavo Fruet (PDT). Isso porque o ovo do Aedes pode manter-se vivo por mais um de ano. A operação ainda tirou das ruas seis mil toneladas de lixo e entulho, que poderiam representar risco de proliferação do mosquito, nos quatro primeiros meses deste ano.

Doenças

Confira o número de caso confirmados das doenças transmitidas pelo Aedes em Curitiba:

Chikungunya

2015: 03

2016: 14

*Todos os casos foram contraídos fora da cidade

Zika

2015: 1

2016: 38 - Destes, oito casos foram contraídos na capital e 30 fora.

Dengue

2015: 242

2016: 488 - 465 contraídos fora do município – 199 eram oriundos de Paranaguá.

*Duas pessoas foram a óbito por causa da doença na cidade neste ano

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Saúde

Na área da saúde, houve um acionamento maior das equipes para visitar terrenos e casas. Segundo dados da Central 156, foram registrados, apenas nos quatro primeiros meses de 2016, 9549 denúncias – dessas, 4,9 mil no mês de fevereiro. No ano passado foram registradas 2.928 denúncias, sendo que 1.343 foram registradas em dezembro. “Isso mostra que a população ficou em alerta e atento”, afirma o secretário municipal de Saúde, César Titton.

Um dado que chama a atenção é que o número de focos positivos para a reprodução do Aedes reduziu em relação ao ano passado. De janeiro a maio, a cidade tinha registrado 369 focos. No mesmo período deste ano, foram identificados 338 focos. “Isso que tivemos uma maior fiscalização. O ponto de virada foi no mês de março dos dois anos. No ano passado, tinham sido identificados 111 focos e neste ano, 62”, diz Titton. Apenas para o setor de saúde, Curitiba aplicou R$7,8 milhões em ações contra o Aedes.

Entrar em casa

Uma Medida Provisória foi aprovada no mês passado e permite a entrada forçada de agentes em imóveis abandonados para combater focos do mosquito Aedes aegypti. Com isso, autoridades federais, estaduais e municipais do SUS (Sistema Único de Saúde) podem ingressar de maneira forçada, com ajuda de força policial, quando necessário, em imóveis públicos e particulares designados ou nos quais for identificada a possibilidade de presença de criadouros do mosquito.

Educação

Segundo a prefeitura, 150 mil estudantes receberam orientação de prevenção contra o mosquito e 420 unidades da rede municipal receberam a campanha.

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