Os vereadores da Câmara de Curitiba aprovaram por unanimidade, na tarde desta quarta-feira (10), um projeto de lei que prevê o controle da população de pombos na cidade. De acordo com o autor da proposta, vereador Zé Maria (PPS), as aves devem ser capturadas, tratadas e soltas novamente. O objetivo é, em médio prazo, reduzir a circulação desses animais na área central e evitar a disseminação de doenças das quais os pombos são vetores. Para entrar em vigor, a lei precisa da sanção do prefeito Luciano Ducci.O serviço deve ser realizado por uma empresa privada, que conte com equipe formada por zootecnista, biólogo e veterinário. Em locais onde há superpopulação de pombos, serão colocados contêineres especiais que funcionarão como grandes arapucas. As aves serão atraídas com água tratada e comida e, uma vez que entrem no dispositivo, ficarão presas.
"Os pombos serão recolhidos pela empresa e levados para uma chácara, onde receberão tratamento adequado, até serem soltos novamente", diz o vereador. Segundo Zé Maria, as aves serão cadastradas e receberão um medicamento que inibe a postura de ovos. Ao serem postos em liberdade, os animais terão um anel de identificação afixado na pata.
De acordo com o projeto, a empresa responsável pelo serviço será escolhida por licitação pública. O vereador afirma que não haverá custos para a municipalidade. "O grupo que for realizar o trabalho, poderá explorar espaços publicitários nos containeres", explica.
Dentre as doenças transmitidas pelos pombos estão criptococose (doença do pombo) salmonelose, histoplasmose, toxicoplasmose, ornitose e alergias de maneira geral. As fezes desses animais também contêm fungos e bactérias nocivos à saúde humana.
Em Londrina
No ano passado, Londrina, no Norte do Estado, tentou uma série de medidas para reduzir a população de pombos no município. A pedido da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Insituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) autorizou o abate de 50 mil aves, em julho do ano passado.
Neste ano, a cidade testou um gel repelente para afugentar as aves. Em 2009, a prefeitura instalou aparelhos que emitem frequências sonoras inaudíveis ao ouvido humano, mas que são percebidos pelos pombos e afugentam essas aves. Um estudo apontou o aparelho provocou a redução de 40% da população em locais onde o dispositivo era usado.