Londrina teve quatro dias de chuvas significativas em 2014
Depois de um janeiro com volume de chuvas bem abaixo do normal para o período, Londrina já enfrenta um fevereiro também bastante seco. Em 2014, foram registrados apenas quatro dias de chuvas consideráveis, todos em janeiro. Em alguns momentos do dia, a cidade tem enfrentado uma atmosfera com índices de umidade inferiores aos adequados para o ser humano.
Como amenizar sintomas que vêm junto com dias e noites secas
- Abrir o banheiro, após tomar banho, pode ser uma alternativa para umidificar um pouco os ambientes da casa. O vapor se espalha para outros cômodos e deixa o ar mais agradável para respirar.
- Para quem não tem aparelhos de umidificação de ar, uma alternativa é deixar toalhas molhadas em cima de cadeiras. Baldes e bacias de água não são indicadas porque podem causar acidentes com crianças.
- No caso de ter rinite, o uso do soro fisiológico nas narinas é recomendado.
- Andar com roupas leves e claras é sempre uma boa dica, porque elas não absorvem todo o calor do sol, que sem a cobertura das nuvens fica com radiação mais elevada.
- Em casa, é preciso deixar os ambientes limpos e arejados. A umidade relativa do ar baixa faz com que tudo fique muito seco. Se alguém for varrer uma casa, por exemplo, o pó levanta e chega ao nariz das crianças, idosos e faz mal até mesmo para adultos.
- Tomar água é fundamental em qualquer época, mas em tempos de baixa umidade a ingestão do líquido precisa de mais atenção. A dica é beber água, e não outros produtos, como sucos ou refrigerantes. Há muito conservantes, como o sódio, nessas bebidas, que retém os líquidos no organismo.
- Ao praticar atividade física, a recomendação é não perder o horário de vista. O período entre o meio dia e as quatro da tarde é quando o tempo fica mais seco e exercícios ao ar livre devem ser evitados nesse horário.
Pelo segundo dia consecutivo, a temperatura máxima em Curitiba superou o recorde histórico da capital. O dia mais quente da história agora passa a ser o dia 7 de fevereiro de 2014, quando os termômetros apontaram para 35,5ºC no período mais quente, ocorrido por volta das 18 horas. Nesta quinta (6), a temperatura máxima - até então recorde - tinha sido 35,2ºC, conforme dados registrados pelo Instituto Tecnológico Simepar.
Até esta onda de calor atingir a capital paranaense, a temperatura mais alta registrada desde 1997, quando o Simepar começou a monitorar o clima, tinha sido 35ºC, em outubro de 2012. Uma chuva forte chegou a atingir a cidade na última quarta-feira, mas não foi suficiente para mandar a onda de calor embora, que deve perdurar pelo menos até a semana que vem.
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Entenda os motivos de tanto calor
Ana Beatriz Porto, meteorologista do Simepar, revela que o calor tem feito também outras situações cotidianas do tempo da cidade se modificarem. A umidade do ar à noite, por exemplo, está quase a metade do que costuma ser registrado em dias normais. A média que fica em torno de 90% na madrugada tem ficado na faixa de 50%. Durante o dia, os índices chegam a casa dos 20%, o que é extremamente baixo. O recomendável é que a umidade do ar fique acima dos 60%.
E no que depender das condições do fim de semana, o tempo deve continuar assim. "Há uma massa de ar estacionada sobre o Oceano Atlântico, que influencia principalmente o tempo no Sul e Sudeste. Não tem condição para formar nuvem de chuva, e o que acontece é que apenas em uma microrregiões fica úmido, e forma uma pancada pequena de chuva", diz Beatriz.
Ela compara a situação com o que ocorre com mais frequência nos meses mais frios, quando o tempo fica por vários dias gelado e com poucas nuvens (sem chuva). "Não é comum esse tipo de situação nos períodos quentes, normal é ter bloqueios no outono e inverno, mas pode acontecer. Esse sistema está parado, os ventos não estão contribuindo para mudar isso, e por isso fica essa grande massa estacionada."
Os dias quentes devem continuar neste fim de semana, mas há previsão de chuva forte com trovoadas no domingo, o que pode amenizar o calorão ao longo do dia. As máximas devem ser de 33ºC, no sábado (8) e de 34ºC, no domingo. Beatriz prevê que o calorão continua pelo menos até quarta-feira (12), quando uma massa de ar frio junto com a umidade vinda da Amazônia pode afastar as condições meteorológicas que estacionaram a onda de calor sobre o Sul e Sudeste do país.
PR: temperatura mínima de janeiro foi 1ºC maior que a média em 2014
As temperaturas mínimas estão 1°C acima da média, enquanto as máximas ultrapassam em 2,5°C a média histórica. Em janeiro foram registradas temperaturas mais altas que a média histórica do mês em alguns municípios paranaenses. É o caso de Foz do Iguaçu, que chegou a registrar uma média de 32,8 °C no primeiro mês do ano, meio grau a mais que a média mais alta da série histórica para janeiro. Em seguida, com a segunda média mais alta está Maringá, com 31,3°C no início de 2014.
2013 foi o sexto ano mais quente desde o séc. 19
O ano de 2013 foi, ao lado do de 2007, o sexto ano mais quente desde meados do século 19, quando começou o registro moderno de temperaturas. A conclusão é da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que considerou que o dado é mais uma confirmação da mudança climática. Tanto em 2013 como em 2007, as temperaturas da superfície do oceano e da Terra foram 0,50 grau centígrado maiores em relação à média de 1961 a 1990, e 0,03 grau centígrado mais altas que a média da década mais recente (2001-2010). Deixando sem argumentos aqueles que ainda rebatem o fenômeno da mudança climática, a OMM afirmou que 13 dos 14 anos mais quentes foram registrados no século 21. Os mais quentes foram 2005 e 2010, com temperaturas mundiais 0,55 graus centígrados acima da média a longo prazo.
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