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- Curitiba, de fraca memória
Curitiba é uma cidade cheia de histórias umas verdadeiras, outras criadas por mera vaidade humana de inserir-se no contexto de permanecer na memória dos pôsteres. No desenvolvimento de um agrupamento o que tem em conta, sendo valorizado, é o ambiente onde se desenvolve o comércio.
O primeiro lugar onde o comércio se fixou, através da imigração alemã e a partir da década de 1850, foi a região hoje conhecida como setor histórico da cidade, ou seja: Praça da Ordem, Rua São Francisco, Rua José Bonifácio e cercanias. Com a inauguração da ferrovia Curitiba-Paranaguá e a abertura da atual Rua Barão do Rio Branco, criou-se naquela via outro ambiente para o comércio, aí já explorado por uma imigração mais nova, os italianos.
Casas comerciais, lojas e armazéns foram surgindo pelos mais diversos recantos do embrionário centro da cidade, comandados por pessoas das mais diversas origens étnicas. Houve um lugar que, já no início do século passado, teve seu espaço disputado por duas correntes migratórias do Oriente, os árabes e israelitas. Esse lugar é a Praça Tiradentes, também na época conhecido como Coração da Cidade.
Os árabes tomaram conta da parte sul da praça, que o curitibano apelidou de Turquia, coisa que a maioria libanesa da região não acatava de bom grado. Os judeus instalaram suas lojas entre a Praça Tiradentes e a Praça Generoso Marques. O curioso é que essas duas castas, em seus rincões de origem, sempre foram beligerantes entre si. Entretanto em Curitiba conviviam, com seus bazares lado a lado.
A Praça Tiradentes e arredores detêm histórias de grandes fortunas ali amealhadas, como as dos importadores Emilio Romani e Ângelo Vercezi; do comércio de frutas, com Miguel Raad; ou então de lojas de tecidos, com destaque para Feres Merhy e Miguel Caluf. O primeiro construiu, com a sua riqueza acumulada, o Palácio Avenida, na Av. Luiz Xavier, inaugurado em 1929. O segundo construiu, na época do centenário do Paraná, na Praça Tiradentes, esquina da Rua Candido Leão com a Marechal Floriano, o imponente edifício Miguel Caluf, inaugurado em 1954 abrigando o Louvre Hotel.
Um levantamento histórico da ocupação humana da Praça Tiradentes está carecendo que se faça, antes que fique apenas na tradição oral, em que quem conta um conto aumenta um ponto. Os fantasmas dos tempos idos, que por ali circulam, agradecem a lembrança de colocá-los na história do Coração da Cidade.
Para ilustrar a Nostalgia deste domingo, temos uma sequência de vistas da Praça Tiradentes, em sua confluência com as ruas Marechal Floriano e Cândido Leão, feitas em diversas datas.
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