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A lista mostra São Paulo, grande metrópole nacional, seguida das metrópoles nacionais, Rio de Janeiro e Brasília. Na seqüência aparecem as nove metrópoles. Pela metodologia do "caracol", primeiro aparecem as capitais do Norte para o Sul e termina com Goiânia, no Centro do país | Reprodução/G1
A lista mostra São Paulo, grande metrópole nacional, seguida das metrópoles nacionais, Rio de Janeiro e Brasília. Na seqüência aparecem as nove metrópoles. Pela metodologia do "caracol", primeiro aparecem as capitais do Norte para o Sul e termina com Goiânia, no Centro do país| Foto: Reprodução/G1

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (10), a relação das 12 cidades mais influentes no país. O estudo, disponível no site do Instituto, mostra que Curitiba está no terceiro grupo mais importante das cidades, o das metrópoles, que engloba as nove capitais mais influentes do Brasil. O levantamento não é um ranking entre os municípios e serve para mostrar as 12 grandes redes de influência do país.

A publicação levou em conta a localização das sedes de empresas, ofertas de transporte aéreo e terrestre, acesso ao ensino superior, além do comportamento de consumo das pessoas e a subordinação administrativa em âmbito federal. Para definir a hierarquia, os municípios foram definidos em três grandes grupos: grande metrópole nacional, metrópole nacional e metrópoles.

São Paulo é a única capital enquadrada em grande metrópole nacional, com o maior conjunto urbano do país. Em 2007, ano em que foram coletados os dados para o estudo, São Paulo tinha 19,5 milhões de habitantes. As cidades do Rio de Janeiro e Brasília aparecem no nível metrópole nacional, com populações de 11,8 milhões e 3,2 milhões de habitantes, respectivamente, em 2007.

Segundo o IBGE, as duas cidades constituem foco para centros localizados em todo o país, por isso figuram entre as metrópoles nacionais. Curitiba está entre as nove capitais que compõem o nível das metrópoles, ao lado de Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Goiânia e Porto Alegre.

Influências

Segundo o IBGE, entre as nove metrópoles, Curitiba e sua rede reúnem 8,8% da população do país e 9,9% do PIB nacional. Na capital paranaense concentram-se 18,6% da população e 23,5% do PIB da rede. O PIB per capita indica menos desigualdade na renda, ainda que o do centro seja superior ao do restante da rede (R$ 16,6 mil e R$ 12,3 mil, respectivamente), com uma das menores razões, entre todas as 12 redes nacionais.

Em comparação, a capital de São Paulo tem projeção em todo o Brasil e sua rede abrange o estado de São Paulo, parte do Triângulo Mineiro e do sul de Minas, estendendo-se para Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Concentra, nos municípios que a compõem, cerca de 28,0% da população brasileira e 40,5% do Produto Interno Bruto PIB de 2005. O PIB per capita é de R$ 21,6 mil para São Paulo, e R$ 14,2 mil para os demais municípios do conjunto.

O Rio de Janeiro tem projeção no próprio estado, no Espírito Santo, em parcela do sul da Bahia, e na Zona da Mata de Minas Gerais, onde divide influência com Belo Horizonte. A população da rede de Brasília representa 2,5% da população do país e 4,3% do PIB nacional.

Distâncias

O estudo também aponta as distâncias médias que os moradores de cada uma das 12 capitais analisadas percorrem para ter acesso a determinados serviços. Curitiba foi uma das cidades com as menores distâncias, segundo o estudo. Para ter acesso à saúde, os moradores percorrem em torno de 35 km. A média nacional ficou em 55 km.

Para lazer, em Curitiba, a distância ficou em 36 km, contra 58 km do país. Para fazer compras, as pessoas em Curitiba percorrem um trajeto de cerca de 30 km. A média brasileira ficou em 49%.

Em 40 anos

Esta é a quarta edição da pesquisa, que já foi realizada pelo instituto em 1972, 1987 e 2000. Segundo o IBGE, desde 1966, alguns centros apresentaram crescimento, como Tocantins, Brasília, Rondônia, Mato Grosso, parte do Amazonas e do Pará. Manaus se consolidou com a Zona Franca e capitais do Nordeste, como Natal, São Luís, João Pessoa e Maceió.

De acordo com Evangelina Xavier Gouveia, geógrafa e uma das coordenadoras da pesquisa, outras cidades perderam importância como Jequié (BA), Garanhuns (PE), Lages (SC) e Anápolis (GO), mas ainda ostentam um perfil de liderança regional. "Estas cidades não passaram por uma evolução sofisticada, mas ainda têm aquela influência estruturada como antes. O desenvolvimento e a implementação de melhorias de transporte, por exemplo, nestes últimos 40 anos, por outro lado, alterou positivamente a vida dos moradores dessas regiões".

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