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Em Curitiba, a psicóloga Cristiana Almeida é uma dos profissionais de saúde já cadastrados no sistema da ONG | Henry Milleo/Gazeta
Em Curitiba, a psicóloga Cristiana Almeida é uma dos profissionais de saúde já cadastrados no sistema da ONG| Foto: Henry Milleo/Gazeta

A partir da próxima segunda-feira (15), entidades sociais de Curitiba terão um suporte a mais com que contar na área da saúde. Por intermédio delas, pessoas com dificuldade de acesso a serviços médicos poderão agendar consultas gratuitas com médicos cadastrados no Instituto Horas da Vida, que chega à capital depois de ter o nome consolidado em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis.

Trinta médicos já estão cadastrados para atender em Curitiba por meio da ONG. Atualmente, em todo o Brasil, o programa conta com contribuição de mais de 1,5 mil profissionais de saúde, incluindo o médico Drauzio Varella, famoso por popularizar o conhecimento médico.

Inscrito nos conselhos regional e federal de Medicina, o Instituto Horas da Vida tem como foco atuar em atenção básica, com atendimentos e exames com hora marcada nos consultórios, ajudando a preencher as lacunas do sistema de saúde. Outro serviço prestado está a realização de exames por meio de parceria com laboratórios. Não está incluido no pacote de assistência do projeto atendimentos de urgência e emergência e casos de alta complexidade.

Multirão oftalmológico realizado por médicos da ONG em SPJuliana Midori/Divulgação

Como funciona?

A política de atendimento da entidade se restringe a pessoas cadastradas no SUS e que sejam associadas a instituições assistidas pelo programa. Até agora, em Curitiba, o programa firmou parceria com a Playing for Change Foundation, organização que promove a construção de escolas de música e artes para crianças em vulnerabilidade social. Uma delas atende cerca de 50 crianças do bairro Cajuru.

A psicóloga Cristiana Almeida é uma das profissionais que vai oferecer seus serviços ao Instituto. Na sua clínica particular, ela já pratica uma política de atendimento direcionado a pessoas de baixa renda com consultas a preços inferiores. Agora, ela vê no Instituto Horas da Vida uma maneira mais eficiente de atender esse público.

“Eu percebo na maioria dos profissionais de saúde uma vontade enorme de exercer o trabalho voluntário. A ONG [Instituto Horas da Vida] vem como uma forma de facilitar o contato entre médico e paciente”, afirma a psicóloga que faz voluntariado desde adolescente.

A endocrinologista Maria da Graça Ronchi também compartilha da mesma vontade. “Na maioria das vezes o que fazemos é atender por conta própria. É muito bom ter um sistema que organiza o atendimento”, acredita a médica, que contribui com ações voluntárias vinculadas à Associação Médica do Paraná.

Para participar

É profissional da saúde ou membro de ONG e ficou interessado no projeto? Saiba mais na página da entidade na internet.

Um dos fundadores da organização, o médico João Paulo Ribeiro explica que os atendimentos são focados em situações de atenção primária, que correspondem 80% das necessidades médicas.

“Direcionamos nossa atenção para intervenções consideradas mais simples, como tratamento de diabetes, pressão alta, problemas visuais e odontológicos. Contamos também com apoio laboratorial de parceiros para a realização de exames”, explica.

Outras ações como cursos, palestras e mutirões oftalmológicos, auditivos e odontológicos são realizadas.

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