Curitiba já registrou 248 casos de dengue de janeiro deste ano até esta quinta-feira (3), de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde.Só na última semana, foram mais 45 casos confirmados. O número é superior ao registrado nos dois primeiros meses do ano passado, quando se somaram 41 casos de dengue. No total, foram 142 casos da doença ao longo dos 12 meses de 2015. Desses, três foram contraídos dentro da capital.
Todos os casos são importados deste ano, mas a situação preocupa porque o Aedes aegypti circula em Curitiba. Com mais doentes pela cidade e a presença do vetor, aumentam as chances de se começar a ter a transmissão local da doença.
A região que tem o maior número de pessoas com dengue é a do distrito Sanitário do Boa Vista, que inclui 14 bairros (Abranches, Ahú, Atuba, Bacacheri, Bairro Alto, Barreirinha, Boa Vista, Cachoeira, Pilarzinho, Santa Cândida, São Lourenço, Taboão, Tarumã e Tingui). Ao todo, foram 36 casos confirmados da doença na área. Na região, as equipes da prefeitura localizaram 10 focos de Aedes aegypti.
Dos distritos sanitários de Curitiba, o que tem o maior número de focos do mosquito é o do Portão. A área, que abrange 10 bairros (Água Verde, Fanny, Fazendinha, Guaíra, Lindóia, Novo Mundo, Parolim, Portão, Santa Quitéria e Vila Izabel), tem 39 focos do mosquito.
O aumento no número de casos importados de dengue fez a Secretaria Municipal de Saúde mudar a estratégia de controle da doença. Os agentes de endemia passaram a priorizar as chamadas ações de bloqueio – que é a busca por focos e criadouros do mosquito num raio de 300 metros da casa do doente. Essa ação é importante para evitar uma disseminação sustentada do vírus dentro da cidade, que é o primeiro passo para uma possível epidemia.
Zika
O número de casos de zika no município também já é superior ao registrado ao longo de todo o ano passado. De janeiro até está quinta-feira, já são 28. No ano passado, foi apenas um caso importado registrado na cidade. O último boletim da Secretaria Estadual de Saúde mostrou que já são 93 registros da doença em todo o Paraná, desses 41 são de transmissão local.