Uma nova tecnologia para pagamento e controle do estacionamento rotativo (EstaR) de Curitiba começou a ser testada ontem. O sistema inclui um aparelho eletrônico chamado Unidade Veicular (UV) que o motorista deixa sobre o painel do carro quando usa uma vaga. Assim que ele é acionado, o visor mostra há quanto tempo o veículo está estacionado e o código de cadastro, por meio do qual os agentes da Secretaria de Trânsito (Setran) fazem a fiscalização. O sistema será testado por 90 dias em 600 vagas em 11 vias do Bigorrilho, no entorno do Hospital Evangélico.
No período de testes, os aparelhos serão cedidos em comodato aos usuários pela C-Park, empresa paranaense que desenvolveu o sistema. Para isso, o motorista precisa fazer um cadastro em tendas instaladas na Praça Alfredo Andersen (na frente do Evangélico). As compras dos créditos eletrônicos de EstaR também serão feitas nesse local. Se o sistema for aprovado e implantado pela prefeitura, os curitibanos terão de comprar os terminais, a preço ainda não definido.
"Apesar da alta tecnologia embarcada, é um equipamento de baixo custo e bastante seguro", diz o diretor-administrativo da C-Park, Leandro Valter Berres, que evitou falar em valores. Para a empresa, as principais vantagens do sistema UV são a comodidade que oferece aos usuários e a facilidade de operar o aparelho. O motorista pode comprar até 99 horas de estacionamento e o dispositivo avisa quando os créditos estão acabando.
"Nós desenvolvemos um formato que atende as necessidades do curitibano e que, sobretudo, trouxe mais facilidade e praticidade ao processo", avalia Berres. Mesmo na fase de testes, os tradicionais cartões de EstaR continuam valendo.
Essa é a segunda tecnologia de EstaR avaliada em Curitiba. No fim de julho, a Setran começou a experimentar o Pango, um aplicativo de celular por meio do qual o usuário pode comprar créditos e informar o local em que estacionou. Um terceiro modelo (com sensores de pavimento) deve ser testado ainda neste ano. "Vamos ver o que melhor se adapta ao que Curitiba precisa", define Márcio de Souza, coordenador de fiscalização eletrônica da Setran.
Após o resultado dos testes, a Setran deve elaborar um edital de licitação para contratar uma empresa para explorar o serviço, conforme o modelo considerado mais adequado. A secretaria também vai avaliar se manterá o modelo atual, no qual o EstaR é controlado por meio dos cartões de papel.