Curitiba: movimentos unificam pauta de protesto no próximo sábado

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Para evitar a falta de foco que marcou os últimos protestos em Curitiba, cerca de 70 centrais sindicais e movimentos sociais se organizaram para promover, no próximo sábado (29), às 10h, uma manifestação unificada, com uma série de reivindicações específicas. Entre elas, está a exigência de uma reforma política ampla e com participação popular, reforma agrária, desmilitarização da polícia e maior transferência de recursos para saúde e educação (veja abaixo).

Em coletiva de imprensa com representantes da Central Única de Trabalhadores (CUT), APP Sindicato, Conlutas, Sindicato dos Bancários e da Frente de Luta pelo Transporte Público de Curitiba, foram discutidos detalhes do evento e anunciada uma greve geral para o dia 11 de julho.

O protesto de sábado está marcado para acontecer a partir das 10h na Boca Maldita, na Rua XV, e ainda não tem trajeto definido ou expectativa de público – o evento no Facebook conta com mais de 3.500 pessoas confirmadas. Os organizadores orientam que as pessoas venham de cara limpa, sem máscaras ou lenços no rosto, e que mantenham o caráter pacífico da passeata. Desta vez, a participação de partidos será incentivada e os integrantes da organização tentarão impedir que manifestações contrárias a eles aconteçam. "Vamos buscar educar as pessoas e, caso tentem expulsá-los do ato, pretendemos interferir e explicar que os partidos são importantes na democracia", contou o representante da Frente de Luta pelo Transporte Público de Curitiba, Alexandre Boeing. Greve GeralDe acordo com os sindicatos, Curitiba vai aderir à greve geral convocada para o dia 11 de julho. Entre as pautas principais, está o pedido de redução da jornada de trabalho e uma reforma do fator previdenciário. A organização do ato de sábado garantiu que essa é uma paralisação legítima e formalizada, diferentemente daquela marcada para o dia 1º de julho, organizada apenas pelo Facebook.

Demais manifestações

Nas redes sociais, é possível encontrar diversas manifestações marcadas para acontecer nos próximos dias. Os organizadores ressaltaram que não têm qualquer vínculo com elas. "Encaramos a participação popular como algo legítimo, mas pedimos que as pessoas tenham clareza em relação às bandeiras que levantam", comentou André Castelo Branco, do Sindicato dos Bancários.Reivindicações da organização

- Redução da tarifa de ônibus para R$ 2,60 nos dias de semana e R$ 1 aos domingos e congelamento desses valores

- Maior transparência do sistema de transporte e abertura da "caixa-preta" da URBS

- Reforma política ampla e democrática

- Desmilitarização e reforma da Polícia pelo fim da violência

- Novo Marco Regulatório das Comunicações

- Fim dos pedágios

- Redução da jornada máxima de trabalho para 40 horas

- Retirada do projeto de lei que libera as terceirizações no país (PL 4330)

- Auditoria da dívida pública, verbas para saúde, educação e demais direitos sociais

- Reforma agrária

- Mais recursos para a saúde e educação, mais moradias populares, hospitais e escolas públicas e menos dinheiro para grandes obras e eventos como a Copa do Mundo

- Ampla liberdade política, sexual, religiosa e defesa do Estado Laico